Estamos iniciando nossa semana pós Páscoa. Sob o ponto de vista histórico na linha do tempo, este é só mais um dia como outro qualquer, entretanto, sob o ponto de vista espiritual, significando a Páscoa desde a sua instituição "passagem" e, tendo em Cristo o seu significado extraordinariamente dimensionado em ressurreição, é evidente que hoje não pode ser um dia comum. Ninguém que conscientemente vive uma passagem tão drástica quanto a ressurreição e tem consciência disso pode continuar vivendo como se isso fora coisa de somenos.
Isto posto, gostaria de refletir sobre um pensamento muito simples baseado numa afirmação categórica que Jesus fez em João 10: 28-29 dizendo em outras palavras que "aquele que lhe pertence e que está em Suas mãos, não será jamais arrebatado pelo inimigo". Dessa afirmação decorre a reflexão que proponho hoje:
Será que Jesus nos tem?
Isso mesmo! Será que Ele nos tem a nós? Nós temos Jesus porque Ele graciosamente entrou em nossas vidas e porque ninguém, em sã consciência não quereria te-lo em seu coração com tudo aquilo que Ele é: vida, amor, paz, eternidade, etc, etc... Termos Jesus é a parte mais fácil que não nos traz qualquer implicação a não ser a sermos pessoas sensatas e minimamente inteligentes. Já dizer que Jesus nos tem muda completamente as coisas, traz implicações existenciais definitivas. Dizer que Jesus é meu, é dizer que Ele se deu a mim. Alguém duvida disso olhando pra cruz? Entretanto, dizer que Eu sou de Jesus significa dizer que eu não me pertenço, que Ele é o meu Senhor, o senhor das minhas vontades, da minha vida e do meu futuro, é dizer que Ele pode sem qualquer explicação fazer da minha vida o que bem quiser assim como o oleiro faz com o vaso de barro que está fabricando.
Estendendo o mesmo conceito podemos ainda nos lembrarmos do Jesus disse em João 15: 15 que nós somos Seus amigos "SE" fizermos o que Ele nos manda. Voltamos ao mesmo ponto: É correto dizer que Jesus é nosso amigo porque de fato Ele o é, aliás, o melhor que alguém poderia almejar - um amigo que não tem qualquer interesses egoísta em nós, que não coloca condições para nos amar, ajudar e para estar ao nosso lado. Mas a questão é: E nós? somos também seus amigos? A implicação existencial novamente é outra: Dizer que Jesus é meu amigo é saber que posso contar com Ele, dizer que eu sou Seu amigo é dizer que Ele pode contar comigo.... Pode?
A questão é importante não apenas para filosofarmos a respeito, mas de forma prática porque Jesus colocou de forma explícita: Aquele que está nas minhas mãos.... Aquele que o Pai me deu.... Aquele que me pertence... Ou seja, essa condição de pertencimento a Cristo é também a condição de que Ele nos guardará, atuará em nossas vidas segundo a Sua vontade e, em última análise, de que estaremos para sempre com Ele aonde Ele está!
Fica então a pergunta para a nossa reflexão:
Será que Jesus nos tem?
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