terça-feira, 30 de junho de 2015

Pão do Dia - Amarás Ao Teu Próximo...



Certa feita - pra variar - Jesus foi interrogado capciosamente pelos fariseus. Um deles Lhe perguntou [não no intuito de aprender, mas de apanha-Lo em flagrante contradição e acusá-Lo] qual era, dentre todos, o maior mandamento da Lei;

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Mateus 22:
34 Entretanto, os fariseus, sabendo que ele fizera calar os saduceus, reuniram-se em conselho.35 E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou:36 Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?37 Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.38 Este é o grande e primeiro mandamento.39 O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.40 Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas
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Jesus respondeu-Lhe de acordo com o que Ele era - o Verbo Divino, o Logus, a própria Palavra;

É muito importante que nós, diferentemente dos fariseus que a isso não compreendiam, percebamos com o espírito e inculquemos com o nosso saber que Jesus não era um homem brilhante, nem o melhor dos debatedores, nem um sábio dentre os sábios - nada disso - Jesus era e é Deus! Ao responder falar sobre a Lei, sobre Deus, sobre o céu, Jesus não falava apenas de algo que conhecia muito bem - melhor do que os demais porque tivesse estudado mais acuradamente os assuntos. Não! Ele falava de si próprio. De maneira que só mesmo os cegos - como Jesus chamou aos fariseus - poderiam supor que alguém errasse ao falar de Si mesmo!

A Lei do Antigo Testamento é a expressão linguística e humanamente entendível de Jesus que é Deus Eterno;

O Amor, O qual Ele referiu não era algo externo sobre o qual Ele falava, era Ele próprio!

Perceba a diferença: Uma pessoa, qualquer pessoa, pode ser amorosa. Todos nós podemos ser amorosos. De Jesus, entretanto, não se pode dizer "é amoroso", mas, Ele é o Amor!

Isto posto mui brevemente, prossigamos;

Jesus diz ao fariseu que há um mandamento que é o grande mandamento: O de amar a Deus de todo o coração, alma e entendimento;
Amar a Deus, sabemos hoje, pelo Espírito Santo, é a premissa mesma da existência humana. Uma premissa em nada religiosa, mas puramente essencial - amar a Deus é amar tudo o que é Deus, expresso como exprimir-Se;
De todo o coração significa com a integralidade dos nossos sentimentos, sem reservas para qualquer área de sombras ou pecado. Isto não significa que não se cometerá pecado, mas que ele não estará abrigado no coração, será apenas a condição falível das nossas estruturas;
De toda a alma significa com o seu querer;
E, de todo o entendimento significa com tudo aquilo com o que venhamos a nos desenvolver intelectual e espiritualmente - que tudo seja para Deus;

Mas, Jesus prossegue: Há um outro semelhante a este;
Ou seja, que é a expressão deste primeiro;
Pensemos o seguinte: Se amar a Deus é algo que se possa sentir, mas nem sempre se pode demonstrar (não é possível olharmos para uma pessoa na rua e dizermos se ela ama ou não a Deus, nem com que intensidade ama, se é que ame). Entretanto, amarmos ao próximo como a nós mesmo não pode, por definição mesmo do que é amor, ser apenas um sentimento - precisa necessariamente ser prático - ora, se é prático, logo é também visível e aferível aos olhos de quem queira constatar;

Por isso mesmo Jesus disse que este segundo é semelhante ao primeiro. Porque ele é a expressão visível do primeiro que, embora real e concreto, não pode ser visto; 

Porém, aqui temos um problema: Se Jesus estabelece o amor a nós mesmos como a expressão do nosso amor a Deus e como a medida do nosso amor ao próximo, então este amor precisa ser perfeito... não é! 
É sabido que nem sempre nos amamos da maneira que deveríamos. Da maneira digo, na dose certa, com a qualidade certa e com a perspectiva certa;
Muitas vezes nosso amor é afetado e deformado por carências, medos, por uma imagem distorcida e super ou sub estimada de nós mesmos, enfim.... Fato é que esse tipo de distorção afeta a todas as nossas relações, tanto verticais (com Deus) quanto horizontais (com o próximo);

João, o Apóstolo diria mais tarde que ninguém pode amar a Deus que não vê, se não ama ao irmão a quem vê. Jesus disse que esse amor a Deus e ao próximo depende diretamente do amor próprio;

Nos vemos num dilema aparentemente irresolvível. E não é para menos! A mesma Escritura que diz que somos o templo do Espírito Santo, também diz que somos pó! 
Como isto se resolve? 
Deus é a medida de todas as coisas;

Quando se diz em Oséias conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor, não é por capricho de Deus ou por cumprimento de regras, mas porque quanto mais conhecemos a Deus por experiência, tanto mais conhecemos a nós mesmos e, ganhamos a condição de amarmos a nós mesmos adequadamente; A partir daí, pode-se amar a Deus, ao próximo, à tudo o que se tem de amar e a vida se torna no deveria ser!      





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segunda-feira, 29 de junho de 2015

A Oração Do Pai Nosso





Olá; 

Separe um minuto ou dois ao dia, quantas vezes forem possíveis e faça a oração que o Senhor Jesus nos ensinou - a oração do Pai Nosso;
Faça-a pensando em cada palavra e em cada sentença;
Sentindo o desejo de vivenciar o que está sendo dito;

Eu garanto a você que as experiências serão surpreendentes!

Bons momentos de oração!



domingo, 28 de junho de 2015

Pão do Dia - Fazei Morrer A Natureza Terrena


Aos marinheiros de primeira viagem quero logo dar um aviso: 

_ Cuidado, a Palavra de Deus não é para os fracos!

Digo isso porque, francamente, diante de toda a gama de conhecimentos disponíveis ao homem, seja sob a forma literária, filosófica, antropológica ou por qualquer outra via possível, nada há que seja mais contundente, mais radicalmente desafiador e conclusivo do que, uma única citação das Escrituras feitas por Paulo, ou Pedro, e, que dirá diretamente por Jesus! Um ou dois versículos apenas que fossem, dariam cabo se fosse o caso de não haver mais nada escrito em forma de doutrina de ocupar por uma vida inteira no caso de quem desejasse experiencia-lo de verdade;

Mas o fato é que não temos apenas uma, ou duas, ou dez, ou cem citações - são centenas, talvez milhares de exemplos que poderiam, cada um deles sozinhos, confirmar o que acabo de dizer, de modo que não nos faltaria com o que gastar nossos anos de vida;

Para o nosso Pão do Dia, tomarei uma dessas citações - aquela sob a qual quero discorrer hoje. Trata-se da exortação paulina contida na epístola aos colossenses:

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Colossenses 3:
5 Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria;6 por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência].

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Diga-me honestamente se, ao examinar uma asseveração como essa, você não há de me dar razão? Não é, de fato, uma proposição cabal? 

Voltando a ela o nosso olhar, saiamos por um instante das questões linguística e etimologia da palavra para nos atermos ao seu aspecto mais prático - o de suas implicações quando aplicada à vida. Sim, pois, não teria sentido asseverar se fosse não para esse fim; 

Então, em que implica o imperativo Fazei morrer a vossa natureza terrena? 
Veja que Paulo diz a vossa natureza terrena, dando à frase um caráter pessoal, individualizado, além do caráter genérico que já possui por estar no contexto de uma carta escrita à coletividade;   

Se por um lado, fazer morrer a natureza terrena é uma lei espiritual da parte de Deus dirigida a todos os que se propõe a servi-Lo, por outro, essa mesma lei, coletiva e plenamente abrangente, tem o seu aplicativo refinado o suficiente para atingir até a mais sutil subjetividade humana, por isso mesmo Paulo diz a vossa natureza terrena. Ora, se ele se referisse apenas à natureza decaída da qual todos somos, em carne, herdeiros inescapáveis, não haveria o porquê subjetivar a sentença desta maneira, todavia, ele ainda sequencia distinguindo alguns grupos diferentes de pecados e, confirmando assim essa dupla abrangência do mandamento- a coletiva e a individual;

O que se entende por esta distinção?
Antes de tudo, é bom deixarmos claro que Paulo não pretende fornecer uma lista abarcável de todos os pecados humanos, não - ele apenas menciona alguns dando-nos com isso a entender que precisamos significar em nós o que é o pecado e combate-lo até à morte, ao invés de simplesmente olharmos uma relação de itens dos quais, por graça, estejamos excluídos e, alienados, tranquilizarmos a nossa mente num surto de auto justificação;  
Por isso que essa verificação se faz através de muita honestidade e boa vontade! 

Essa distinção nos indica que, muito embora a natureza terrena da queda seja igualmente abrangente a todos os seres sobre a terra e que não haja um justo sequer que dela escape, ao mesmo tempo, essa mesma natureza se pronuncia de modo diferente de pessoa para pessoa, sendo justamente esse aspecto distintivo no qual se pronuncia, o alvo do imperativo de Paulo, fazei morrer a vossa natureza terrena; é nesse aspecto [e não em outro] que a natureza precisa eminentemente morrer;  

Ou seja, a lei é genérica, os aplicativos, no entanto, são individuais. Por exemplo;  

Aos que tem na preguiça o seu demônio, é justamente aí que devem encarar uma cruzada de vida e morte para fazerem morrer a natureza terrena. Nada lhes adiantaria olharem para si mesmos e se justificarem dizendo:  _ Não sou prostituto, está tudo bem! 
Nem por isso estariam livres;
Nesse caso o que lhes faria morrer a natureza?
Acordar cedo, trabalhar, mortificar o desejo de descanso. E isso dia após dia, por causa de Deus....

Aos que tem o seu fraco na cobiça. Da mesma forma. O que lhes adianta é atacar o problema de frente e não desviar-se dele;
O que devem fazer para que morra sua natureza terrena? 
Devem ser liberais, generosos, abençoadores, repartidores.... Forçosamente - importante que se diga! Pois, uma vez que lutamos contra a natureza é incabível supormos que tal ação se fará de modo harmonicamente natural - É evidente que não!

Importante que se diga: fazer morrer a natureza e sempre contra a nossa vontade natural, ou seja, jamais sentiremos a vontade natural para fazermos as coisas que fazem morrer a natureza;

Então por que fazemos? 
Porque é preciso!
Porque é a única e possível liberdade;
Porque nos aproximará de Deus;
Porque nos harmonizará com o nosso verdadeiro "eu"





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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Pão do Dia - Conexões - Parte 5 (O Querer E O Realizar)



Hoje estamos encerrando, aqui no Pão do Dia, essa semana de reflexões e postagens, aliás, muito fértil, a respeito do assunto "conexões". Abordamos alguns aspectos desse conceito tão amplo e, evidentemente ainda há muito o que dizer, porém, nele voltaremos em ocasião oportuna se assim Deus nos permitir;

O ângulo para o qual voltamos hoje o nosso olhar é o referido na Palavra de Deus por meio de Paulo aos filipenses:

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Filipenses 2: 12 Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; 13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.
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O que isso significa? Deus põe em nós tanto o querer como o realizar
Tomemos esses dois elementos: O realizar como o produto final em forma de frutos concretos que podem ser apresentados a Deus e aos homens. O querer como o germe, a matéria prima metafísica e basilar que gera a realização... Pois bem, ambos vem de Deus!

É fácil, quase automático, atribuirmos a Deus as realizações - dizemos "graças a Deus" -,mas o querer? Esse não. Esse, pensamos, depende de nós, é produzido em nós e por nós mesmos e, quando, finalmente, imbuídos desse pensamento, olhamos para dentro de nós mesmos e não encontramos o querer que ali deveria estar, ou pior, encontramos um querer estranho aos nossos princípios e ao Mandamento, o que fazemos? Nos acusamos, entramos em crise. 

Por que? Porque partimos da premissa equivocada de que somos nós quem geramos o querer para que Deus possa realizar. Pensando assim é inevitável que, quando nos deparamos com a inexpugnável inadequação desse querer, seja qualitativa ou quantitativamente, a nossa única possível conclusão é a de que algo muito errado está acontecendo conosco.

Ora, nem tudo nesse pensamento é um engano, o é em parte - a premissa neste caso é que está equivocada, não a mecânica!

Qual é a premissa correta? É de que tudo, absolutamente tudo vem de Deus, tem origem em Deus - não apenas o realizar pelo qual naturalmente tributamos graças, mas também o querer, pelo qual nos sentimos tão bem e, não raro, nos gloriamos quando ele é belo;

A mecânica sim! Essa é co-participativa - se por um lado Deus origina o querer, esse querer precisa, por outro lado, encontrar em nós, não somente guarida, como um firme comprometimento para que possa se desenvolver ao ponto de chegar a ser uma realização. É a esse respeito que o Apóstolo se refere no versículo 12 quando exorta: "desenvolvei a vossa salvação"
Da mesma forma o realizar - é evidente a legitimidade de darmos graças a Deus, entretanto, sem perdermos de vistas que a graça que tributamos a Deus envolve sempre a ideia de que Ele tenha realizado tudo por meio de nós - isso é uma grandiosíssima graça, pois, somos absolutamente cônscios do que Jesus disse: "Sem mim nada podeis fazer";

Tudo isso posto e, concluindo por hoje, entendermos que Deus é quem coloca em nós também o querer, isto quer dizer que:
  • Nem o querer, que supúnhamos, vem de nós mesmos, até o querer é graça;
  • Quer dizer que não devemos nos acusar pelo bem que ainda não queremos por meio de nossa própria natureza, mas, ao invés disso, nos desenvolvermos na caminhada da salvação a fim de absorvermos em nós o querer que vem de Deus;
  • Quer dizer que há determinados desejos que ainda não brotaram em nós e que estão guardados em Deus e que Ele poderá colocar em nós segundo a Sua vontade, o Seu tempo e que devemos preparar o terreno em nós para isso; 
  • Quer dizer também que o desejo é de Deus e não nosso; 
  • Também que não devemos nos afligir pelo que não somos, sobretudo comparando-nos aos aos outros, pois é Deus quem distribui tudo a todos; 
  • E por fim, concluirmos que, sem dúvida alguma, há pessoas melhores do que outras - inegável, pela modulação dos seus desejos e sobretudo pelos seus atos. Mas que todos nós podemos nos tornar melhores do que somos a cada dia;

... É só conectar!




Olá. Bem vindo ao Pão do Dia, o devocional diário que nos alimenta com a Palavra de Deus;

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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Pão do Dia - Conexões - Parte 4 (O Dilema De Nicodemos)



Prosseguindo com nosso tema central da semana - conexões - vamos abordar hoje o seguinte aspecto: Como conectar-se com o eterno quando todas as suas estruturas e conexões são inapelavelmente carnais? A própria cogitação lógica que leve a uma resposta aceitável desta pergunta dentro dos limites naturais humanos existentes, já é, por si só, tarefa impossível. Tal resposta não pode ser abarcada na limitação da nossa dimensão humana. É preciso algo mais. É preciso transcender para que se possa primeiramente cogitar a questão para, só depois, ingressar na experiência de fato.


Nicodemos percebeu essa impossibilidade ao deparar-se com Jesus;

Deixando de lado as explicações sobre quem esse homem representava em sua sociedade pelo fato de ser um fariseu, avancemos diretamente ao ponto que nos interessa: O seu diálogo noturno com Jesus, exposto no Evangelho de João:

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João 3:
1 Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus.
2 Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.
3 A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?
5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.
6 O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo.
8 O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.
9 Então, lhe perguntou Nicodemos: Como pode suceder isto? Acudiu Jesus:
10 Tu és mestre em Israel e não compreendes estas coisas?
11 Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto; contudo, não aceitais o nosso testemunho.
12 Se, tratando de coisas terrenas, não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?
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Nicodemos se depara não apenas com uma pessoa notável e extraordinária, mas com alguém que, notadamente, Era, movia-Se e operava numa dimensão completamente diferente e inacessível à da dele próprio. Ele tinha diante de si Jesus - o legítimo representante encarnado do Reino de Deus na terra - O Reino de Deus que mais tarde seria definido em palavras por Paulo (Rm 14) como sendo "paz, alegria e justiça no Espírito Santo". Jesus era isso tudo de forma plena - Ele era a própria paz, a própria alegria e a própria justiça e, Nicodemos, de alguma maneira, que a falta de palavras não lhe permitiu expressar, identificou em Jesus essa dimensão;

Jesus então, antecipando-se à pergunta que seria impossível verbalizar responde a Nicodemos que lhe era necessário nascer de novo. Nesse ponto se estabelece o que chamo neste artigo de "O dilema de Nicodemos". Ele pergunta a Jesus se seria possível voltar ao ventre e nascer pela segunda vez... 

Infantil? Pueril? Nem tanto! 
Quantos de nós já não indagamos coisa semelhante:
_ Ah se fosse possível voltar o tempo...! 
_ Se eu tivesse uma nova chance... tudo eu faria diferente...!
_ Se... Se... Se... 
E tantas coisas do gênero; 

A ideia, porém, de voltar no tempo, constitui uma clara impossibilidade material, (afinal, todos nós sabemos que, na imaginária linha do tempo, só é possível avançarmos, nunca retrocedermos). Além disso, caso fosse, hipoteticamente possível, quem é que nos poderia garantir que as coisas seriam diferentes?
Sim, claro! Pois, hipoteticamente, essa volta no tempo não poderia ser seletiva e excludente, portanto, voltaríamos na mesma genética e ambiência que proporcionaram nossa história tal qual a conhecemos hoje - quer seja catastrófica ou louvável - tudo seria igual, até as mazelas, até as impossibilidades, tudo!

Portanto, o dilema de Nicodemos jamais poderia ser respondido por esse viés - o do retorno à mesma natureza a fim de se chegar à dimensão de uma nova natureza. Jesus explicitou isso a ele quando disse: _ O que é nascido da carne é carne! Ou seja, o âmbito é e será sempre o mesmo e se, se repetir o processo, repetir-se-ão também as mesmas restrições intrínsecas à essa natureza. Em vez disso, Jesus disse: _ É necessário nascer do Espírito! Ou seja, mudar de dimensão, plugar-se no céu, no eterno.

Algo maravilhoso que está obrigatoriamente implícito nessa afirmação do Senhor é que esse nascer do Espírito pode se dar em qualquer momento, tempo ou fase da vida humana, atropelando completamente as condições exigidas e e ao mesmo tempo desgarantidas pelo tempo. Basta conectar-se!

_ Nicodemos! Você precisa conectar a sua vida no Espírito!

_ Religião?
_ Absolutamente! Nicodemos já tinha uma e era bom no que fazia!
_ Dimensão nova! Conexão que leva a uma nova ambiência interna, externa e eterna!

_ Então...Vamos plugar?






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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Sobre o Tempo (Agostinho de Hipona)


Não houve tempo nenhum em que não fizésseis alguma coisa, pois fazíeis o próprio tempo.

Nenhum tempo Vos é coeterno porque Vós permaneceis imutável, e se os tempos assim
permanecessem, já não seriam tempos. 

Que é, pois, o tempo? Quem poderá explicá-lo clara e
brevemente? Quem poderá apreendê-lo, mesmo só como pensamento, para depois nos traduzir
por palavras o seu conceito? 

E que assunto mais familiar e mais freqüente nas nossas conversas
do que o tempo? Quando dele falamos, compreendemos o que dizemos. Compreendemos
também o que nos dizem quando dele nos falam. 

O que é, por conseguinte, o tempo? Se ninguém
me perguntar, eu sei; se quiser explicá-lo a quem me fizer a pergunta, já não sei. 

Porém, atrevo-
me a declarar, sem receio de contestação, que, se nada sobrevivesse, não haveria tempo futuro,
e se agora nada houvesse, não existia o tempo presente.

De que modo existem aqueles dois tempos – o passado e o futuro – se o passado já não existe e
o futuro ainda não veio? 

Quanto ao presente, se fosse sempre presente e não passasse para o
pretérito, já não seria tempo mas eternidade. 

Mas se o presente, para ser tempo, tem
necessariamente de passar para o pretérito, como podemos afirmar que ele existe, se a causa da
sua existência é a mesma pela qual deixará de existir? 

Para que digamos que o tempo
verdadeiramente só existe porque tende a não ser?


Confissões, Livro XI, cap.14


Agostinho - também conhecido como Santo Agostinho de Hipona - foi um dos pensadores e formatadores do pensamento cristão em meados do século IV. Considerado, na teologia moderna, tanto católica quanto protestante, como um dos pais da igreja, dado o seu caráter formatador e doutrinário;
Seu pensamento, amplamente influenciado pelo platonismo, procurou entender e explicar os elementos da filosofia clássica, sob os cânones da doutrina cristã.
Escreveu diversas obras, dentre as quais se encontra uma, em treze volumes chamada Confissões. Aqui, um texto dessa obra contida no livro IX a respeito do tempo: 


Pão do Dia - Conexões - Parte 3 (Integridade)



Durante esta semana o nosso tema central é "conexões".
Por mais imperceptíveis que sejam ao nosso raciocínio, as conexões não somente existem como determinam, conforme já vimos, aquilo de que nos alimentaremos, os vieses pelos quais nos desenvolveremos em nossa vida intelectual, espiritual e relacional, enfim, praticamente todas as coisas em nossas vidas acaba sendo o reflexo das conexões, visíveis ou invisíveis que estabelecemos;

Um aspecto muito importante desse tema - o que abordaremos hoje - é o da conexão interior - não aquela que estabelecemos de nós para algo ou alguém, nem para o ambiente que nos cerca, mas de nós para nós mesmos. A conexão que existe [ou deve existir] do nosso ser interior com o nosso ser exterior. A essa conexão poderíamos inequivocamente nomear coerência ou ainda integridade

O Apóstolo Paulo fala sobre a importância dessa integridade quando escreve aos tessalonicenses:

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1Tessalonicenses 5: 23 O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo

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Mas afinal de contas, o que é essa integridade sobre a qual Paulo se refere dizendo que Deus nos conservará nela nos âmbitos do nosso corpo, alma e espírito?

Integridade é sinônimo de inteireza e o antônimo de divisão, fragmentação. Jesus disse que uma casa dividida não subsiste, portanto, a inteireza, ou integridade, é condição sine qua non para o desenvolvimento de qualquer pessoa.

Essa integridade consiste em fazer com que as nossas ações e mesmo nossos anseios e objeto da nossa vida exterior correspondam inteiramente [ou muito próximo a isso] ao nosso eu interior;

Se pensarmos que vivemos num mundo em que recebemos imputs de todos os lados, por todos os meios e a toda hora, imputs que quase nunca correspondem ou surgem, de necessidades reais, essenciais e, nascidas genuinamente em nosso âmago, mas, ao contrário, imputs que vem de fora para dentro, do mundo para o ser, já por aí, podemos perceber o quão árdua tarefa é estabelecer essa coerência entre o eu e o eu - ajustar o externo ao interno, já que parecem ser mundos tão distintos como Marte é da Terra.

Entretanto essa coerência é fundamental até mesmo no aspecto da nossa entrega a Deus. Sim, claro, pois, como é que podemos nos dar a Deus se não nos pertencermos? Como podemos dizer a Deus: "sou teu. Pertenço a ti" se não temos a nós mesmos para entregarmos a Ele? Tal oferta neste caso é irreal, não passa de mera intenção. É preciso antes ganharmos por meio de muito esforço essa integridade, essa coerência, a fim de que tudo em nossa vida - relacionamentos, fé, atos de amor, etc, etc, sejam, de fato completos e verdadeiros e não sombras;

Sendo assim, por difícil que seja, só nos resta transpor a barreira da tentação maior: a da distração - de perseguirmos o que não interessa de fato - e caminharmos, dia após dia, com humildade e perseverança na direção da coesão do nosso verdadeiro eu com o eu que todos veem e acessam em nós







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terça-feira, 23 de junho de 2015

Pão do Dia - Conexões - Parte 2 (Pense Nas Coisas Do Alto)


Ontem iniciamos a nossa semana falando respeito do tema "conexões". Abordamos inicialmente - tanto quanto fora possível abordar no breve espaço de uma matéria de blog - sobre a conexão que o ser humano estabelece, inconscientemente a maior parte das vezes, com determinadas dimensões, por meio das coisas das quais se alimenta.

A metáfora de Jesus quanto a isso foi incisiva é clara: "vossos pais comeram o mana no deserto.... Quem de mim se alimenta, por mim viverá!" - ou seja, conexões que se estabelecem por aquilo com o que alimentamos a nossa alma.

Hoje continuamos com a tônica sobre conexões, porém, a nossa abordagem será a da conexão que estabelecemos num sentido mais ativo e consciente, como ato da vontade, como modo de vida

O Apóstolo Paulo, escrevendo aos de Colossos, diz-lhes o seguinte:

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Colossenses 3:
1 Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus.
2 Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;
3 porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.

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O que Paulo está dizendo claramente é que temos diante de nós duas possibilidades enquanto trilhamos o nosso caminho aqui na terra: — A primeira delas é ter a cabeça na terra, pensar no âmbito natural (não no sentido de natureza primordial, mas da natureza humana limitada tal qual a temos hoje)! Conectar-se com a terra!

Em que implica essa conexão? Implica em que tenhamos os nossos pensamentos, sonhos e anseios todos voltados ao âmbito material e natural e que, consequentemente, daí mesmo haveremos de extrair todos os nossos resultados e possibilidades. Isso quando colocado como relação de causa e efeito mais imediatos; 
A longo prazo, porém, os desdobramentos poderão ser de fato catastróficos uma vez que a Palavra afirma que a terra passa e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. Neste caso, ter a mente conectada na terra, poderá comprometer não apenas os nossos resultados na própria terra, mas o nosso futuro na eternidade.

— A segunda possibilidade - aquela que o Apóstolo nos chama a cumprir é a de pensarmos nas coisas lá do alto aonde Cristo habita e que corresponde, digamos, à nossa real realidade

Ao contrário da primeira alternativa, conectar-se com as coisas do alto passa longe de ser apenas otimismo, boas esperanças e bons pensamentos. Não! É a própria maneira com que decidiremos, de fato, vivermos a nossa vida. Pensar nas coisas do alto para Paulo é o mesmo que dizer que devemos estar conectados com o céu. Ora, quem está conectado com o céu, é do céu e não da terra que receberá seus sonhos, sua força, coragem, estratégias, caminhos, etc;

Tudo é mesmo um questão de conexão. A sua vida, a nossa vida não são nada além do que a pura expressão do objeto e dimensão aos quais estamos plugados.

Mesmo que insistamos em dizer que gostamos de tais e tais coisas, que temos tal ou tal religião, tais e tai princípios e que somos assim ou daquele modo; é aquilo a que estamos ligados o que, de fato, nos fornecerá os elementos da nossa vida por meio dos quais construiremos, para a nossa alegria ou frustração

Antes de começar o seu dia pense por um instante: Onde está posta sua mente (não agora), mas nos últimos anos, meses, semanas? Onde é que está plugada a sua alma?





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segunda-feira, 22 de junho de 2015

O Brasil perdeu a graça


O Brasil perdeu a graça

ESCRITO POR PAULO BRIGUET | 20 MAIO 2013


Entre todos os xingamentos disponíveis na língua portuguesa, um era absolutamente proibido em casa: desgraçado. Até hoje tenho medo de falar ou escrever essa palavra. Chamar alguém de desgraçado, na minha família, era pior do que xingar a mãe ou mandar àquela parte.

Eis que chega o triste momento de usar a maldita expressão – e para aplicá-la não a uma pessoa específica, mas ao meu próprio país. Digo isso porque os acontecimentos da última década conduzem a uma certeza: o Brasil deu as costas à graça. Não foi Deus quem nos abandonou; nós é que optamos por deixá-Lo. Hoje eu afirmo, sem medo de errar, que o Brasil não tem a graça. Poderá recuperá-la, mas hoje não tem.

A graça é um dos conceitos mais sutis que podemos encontrar no idioma. Uma das graças da graça consiste exatamente em escapar das definições. Eu diria que ela se parece com um acordo espontâneo e unificador entre a beleza, a verdade e a justiça. Louis Lavelle vem em nosso socorro para dizer numa de suas crônicas filosóficas: “A graça é uma contradição apaziguada. É a fusão de dois termos que parecem se excluir; a facilidade do difícil e a espera do inesperado. É perfeito repouso e perfeito domínio de si, liberdade e contenção ao mesmo tempo. Nela, a escolha e a necessidade coincidem”.

O Brasil não tem graça porque se tornou o império da imposição e da irrelevância. Um exemplo está na ridícula proposta de “importar” 6 mil médicos cubanos. Trotsky dizia que o comunismo transformaria todo lixeiro em um Goethe. Aconteceu bem o contrário: escritores foram transformados em lixeiros (vide Amor e Lixo, de Ivan Klíma). Cuba seguiu a lição: em vez de transformar escravos em doutores, transformou doutores em escravos. A ilha-prisão tem uma das piores medicinas do mundo – e que se apresenta como a melhor. Não há graça nenhuma.

O Brasil não tem graça quando intelectuais escrevem artigos usando a expressão “amontoado de células” para se referir a um nascituro humano. Goebbels usaria a mesma definição perante uma criança judia.

O Brasil não tem graça quando uma filósofa diz, alto e bom som, “Odeio a classe média!”, simplesmente porque esse extrato da população não se curva sempre às exigências do Estado petista.

Mas um acontecimento aparentemente banal me fez acreditar que o Brasil ainda pode recuperar a graça perdida. Antes de escrever esta crônica, eu estava lendo um artigo sobre Teresa do Menino Jesus, quando uma pequena flor caiu-me nas mãos. Ofereço-a você, leitor. Assim deve ser uma crônica: começa com um xingamento, termina com uma flor. E é de graça.



Crônica publicada nos jornais Gazeta do Povo e Jornal de Londrina.
Paulo Briguet é jornalista.




Pão do Dia - Conexões - Parte 1 (O Alimen


A máxima de que "somos o que comemos" é amplamente difundida e crida no mundo dos regimes. Se corresponde totalmente à verdade ou não em termos biológicos, é discutível - uns creem que sim, que a alimentação é o fator preponderante para classificar uma pessoa em termos de sua saúde e desenvolvimento, outros que não - acreditam que a pré-disposição genética é o que fala mais alto... Enfim, deixemos a cargo da ciência chegar a essa conclusão. 

Porém, fato inegável é que, no mundo da alma, somos o reflexo exato daquilo de que nos alimentamos, e isso, de forma inescapável. 
Quem disse isso foi o próprio Senhor: 

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João 6: 25-27 e 57
25 E, tendo-o encontrado no outro lado do mar, lhe perguntaram: Mestre, quando chegaste aqui?
26 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes.
27 Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.
57 Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá.

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Jesus, respondendo aos que sensorial e superficialmente O seguiam, lhes diz que eles estavam perseguindo apenas o alimento material - aquele que responde sensorialmente à fome física - e que eles deveriam, ao invés disso, não somente buscar, mas trabalhar arduamente pelo alimento espiritual, ao qual Jesus chama de "a comida que não perece". 

Ao fim desse mesmo discurso - considerado por muitos como o "discurso linha dura de Jesus" e, por causa do qual muitos que com Ele andavam O abandonaram, O Senhor afirma (vs 57) "Quem de mim se alimenta, por mim viverá";

O que podemos obter intuitivamente disso tudo? 
Bem, muitas coisas. Uma delas é a de que Jesus estava falando ao povo sobre quais eram as suas conexões. Afirmando que eles, ao procurarem apenas pelo que era material, sem que percebessem, conectavam-se com essa esfera - a material. E, ao contrário, ao alimentar-se Dele - de Cristo - essas mesmas pessoas passariam a viver por Ele, ou seja, estabeleceriam uma nova conexão, não mais com o temporal e perecível, mas com o eterno e subsistente;

O que é uma conexão? 
Conexão é uma ligação que traz a realidade existente numa determinada esfera a um determinado receptor. Para dar um exemplo: Imaginemos diversos aparelhos colocados diante de nós - todos captadores de sinal de internet. Imaginemos que todos, exceto um deles, estão desligados e que nós tenhamos, numa outra ponta, um aparelho qualquer que dependa desse sinal - um laptop, tv smart, o que seja e, para fazermos a ligação entre eles, um cabo - uma ligada ao aparelho em questão e a outra livre, em nossa mão. Podemos plugar essa ponta livre o quanto quisermos em todos os aparelhos desligados e nada acontecerá. De repente, plugamos ao que tem o sinal e "voilá", um mundo novo aparece, de possibilidades infinitas. 

O que aconteceu? 
Uma conexão! A conexão certa!

Assim é conosco!
Imperceptivelmente, nos conectamos a muitas coisas por meio dos nossos sentimentos e dos imputs que recebemos e acolhemos sem análises mais profundas. Algumas dessas conexões simplesmente não nos trazem nada, outras, podem trazer para dentro de nós coisas indesejáveis que potencialmente nos prejudicarão. Algumas, porém podem, como no caso do receiver certo, abrir um verdadeiro universo de possibilidades maravilhosas a partir do qual começamos a viver. Lembre-se das palavras de Jesus "Quem de mim se alimenta, por mim viverá"

A pergunta para hoje é: Ao que você está conectado? Ao que tem se ligado? Onde está o seu plug? 

Vale a pena, como disse o Senhor, trabalhar pelo que é bom, pelo que não perece!   






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terça-feira, 16 de junho de 2015

Pão do Dia - Buscar A Sabedoria Como A Tesouros




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Provérbios 1: 7-9
7 O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino.
8 Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe.
9 Porque serão diadema de graça para a tua cabeça e colares, para o teu pescoço

Provérbios 2:
1 Filho meu, se aceitares as minhas palavras e esconderes contigo os meus mandamentos,
2 para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido e para inclinares o coração ao entendimento,
3 e, se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz,
4 se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares,
5 então, entenderás o temor do SENHOR e acharás o conhecimento de Deus.
6 Porque o SENHOR dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento.
7 Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; é escudo para os que caminham na sinceridade,

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Quanto vale a sabedoria pra você?

Mui dificilmente encontraremos em nossos dias - dias de declínio cultural, moral e, sobretudo, espiritual,- pessoas para as quais a sabedoria vália mais do que um passaporte para os tão sonhados 15 minutos de fama, ou para que o sujeito se mostre mais qualificado que o seu oponente diante de uma disputa qualquer - um debate, uma vaga, etc; ou ainda - para usarmos um termo bem atual - para servir de pura ostentação - ostentação verborrágica, na qual o seu interlocutor, em geral um analfabeto funcional, embora conheça vocábulos e pronúncias, não têm a noção exata de seu peso e sua história, chamando por exemplo de "direito" coisas que, longe de serem um consenso consagrado na história civilizacional, não é nada além de um fetiche, uma fantasia, as vezes até bem intencionada, as vezes não, entretanto um delírio. Chamando - por exemplo - de racismo, expressões milenares e anteriores a qualquer cogitação ou discussão do gênero, tais como as da Ilíada, de Homero, por exemplo, da "noite escura", ou o termo de San Juan de La Cruz, conhecido e utilizado, inclusive, na psicanálise, "a noite escura da alma".

Confusões desse tipo acontecem cotidianamente às centenas e, mais do que mostrarem desconhecimento linguístico e gramatical, apontam para um problema infinitamente mais grave: A linguística é uma placa indicativa que aponta para uma determinada substância, substância essa que, em grande parte é a matéria prima da formação da personalidade humana. Ora, se a o termo linguístico não tem o seu devido peso, ou é abandonado, ou simplesmente adaptado à sentidos completamente torpes quanto ao seu original, o que se dirá da matéria prima com que essas pobres almas, desprovidas do conhecimento estão sendo formadas? Percebe a enormidade do problema? ....

Mas por que isso está acontecendo? É Porque em algum ponto da caminhada, o homem abriu mão do verdadeiro conhecimento - aquele que, tal qual um rio, desemboca inevitavelmente na verdade e deixou-se seduzir pelo fluxo oceânico de informações que lhe trazem a sensação de estar adquirindo algo que seja de fato consistente e portanto satisfatório na substituição desse primeiro, quando, na verdade, o que está a receber diariamente, são camadas e mais camadas finíssimas de tinta - a maior parte de péssima qualidade - apenas em seu nível epitelial;

Desde que o homem desistiu de aprofundar-se no que é inapelavelmente profundo, decidiu-se a dar braçadas apenas na superfície do pensamento, e, ao mesmo tempo, relegou esse exercício do mergulho intelectual a apenas um bando de malucos, fanáticos, nerds, excêntrico, ou, como queiram chamar. Legou-se a si mesmo e à sua herança uma das formas de miséria mais mortíferas e implacáveis a que poderiam entregar-se: a miséria intelectual, do espírito e da ignorância voluntária! A partir daí tudo se torna banal - não existe mais a diferenciação entre o santo e o profano, a verdade e a mentira, o bom ou o ruim, o excelente e o péssimo, etc, etc, etc,... Perde-se, ademais, com o passar do tempo, o senso de quase tudo, daí entendermos, por exemplo, a audiência de determinados programas de tv que, num ambiente de normalidade jamais seriam aceitos nem por um minuto sequer, seriam antes uma ofensa à inteligência, uma piada de mal gosto ;

É urgente entendermos que o conhecimento não consiste em mero capricho acadêmico para servir de crista ao pavão que o possua. Não! O é uma coisa sagrada que vem de Deus. É a vontade de Deus para o homem. É o próprio Deus, pois no princípio era o "Logos" (Conhecimento / Palavra) e o Logos se fez carne!

Não foi por capricho, por exemplo, que Salomão, ao receber de Deus a prerrogativa de pedir-Lhe o que desejasse, pediu sabedoria - uma que fosse maior do que tudo quanto já conhecera. Salomão não almejava disputar uma gincana de filosofia com quem quer que fosse - ele estava era com sede mesmo. Queria crescer, ser alguém de verdade e, acima de tudo, ser útil ao seu povo como rei - é isso o que a sabedoria faz de nós e faz conosco! A Sede de Deus se mata com conhecimento! Oséias 6: 3 Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor!

E agora, em seus provérbios, utilizando a preciosidade da inteligência que Deus lhe dera, Salomão lega a seu filho - e a mim que, por afinidade e desvergonhamento, me coloco na janela em que esse conselho está sendo dado - que buscasse a sabedoria como a um tesouro escondido. Isto é, que ele não fosse mais um idiota dentre tantos (idiota vem do termos idios que quer dizer, fazer sempre tudo do mesmo). antes tivesse a sede da que diria Jesus mais tarde: "Pois todo o que busca acha, o que pede recebe, e ao que bate a porta se lhe abre!"

Portanto, amigo, não se contente em conhecer o que lhe é fornecido, o excesso de informação padrão - o padrão está cada vez mais raso, deteriorado. Cada um de nós temos necessidades que são absolutamente pessoais, particulares, cravadas em nossa alma como deficiências a serem corrigidas e, corrigidas, saciadas, refletirem-se como luz em nosso caráter e personalidade para os outros que buscam luz, mas, acima de tudo, para nós mesmos;

Quem é que nos traz essa correção? A sabedoria, a inteligência e, indissociavelmente a essas duas, o temor de Deus;

Minha recomendação a você neste Pão do Dia é que procure, passo a passo, aprofundar-se na árdua tarefa de buscar a sabedoria nesses termos - cavando, correndo atrás de pistas, ligando fatos, conferindo com os sábios, com Deus, com o seu próprio coração, enfim... diligente e honestamente;

Saiba, porém: Fazer isso é nadar contra a maré. Nosso tempo é o da superficialidade e quase todos que não sabem nada, não sabem que não sabem e por não saberem, todos sabem tudo sobre tudo, sem, contudo, saber, de fato qualquer coisa sobre coisa alguma que esteja posta abaixo de 0,1 mm de profundidade

Mas, Você... Está disposto a cavar?

Salomão termina assegurando ao seu filho e, a todos que, como eu, pegaram carona na janela, que Deus reserva a inteligência para os retos - os que assim procedem...Teremos tesouros para nós e para muitos seremos nós mesmos um tesouro;

Vamos cavar?





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sexta-feira, 12 de junho de 2015

Pão do Dia - Doce Na Boca, Amargo No Estômago




A Palavra de Deus, propositadamente, tem muitos termos e alguns textos que são paradoxais, ou seja, que aparentemente fogem à lógica comum, ao nexo, e que são contradições. Dentre esses termos, talvez um dos mais paradoxais seja o que está descrito em Apocalipse no capítulo 10, mais especificamente, nos versículos 9 e 10:

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Apocalipse 10: 1 Vi outro anjo forte descendo do céu, envolto em nuvem, com o arco-íris por cima de sua cabeça; o rosto era como o sol, e as pernas, como colunas de fogo; 2 e tinha na mão um livrinho aberto. Pôs o pé direito sobre o mar e o esquerdo, sobre a terra, 3 e bradou em grande voz, como ruge um leão, e, quando bradou, desferiram os sete trovões as suas próprias vozes. 4 Logo que falaram os sete trovões, eu ia escrever, mas ouvi uma voz do céu, dizendo: Guarda em segredo as coisas que os sete trovões falaram e não as escrevas. 5 Então, o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita para o céu 6 e jurou por aquele que vive pelos séculos dos séculos, o mesmo que criou o céu, a terra, o mar e tudo quanto neles existe: Já não haverá demora, 7 mas, nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele estiver para tocar a trombeta, cumprir-se-á, então, o mistério de Deus, segundo ele anunciou aos seus servos, os profetas. 8 A voz que ouvi, vinda do céu, estava de novo falando comigo e dizendo: Vai e toma o livro que se acha aberto na mão do anjo em pé sobre o mar e sobre a terra. 9 Fui, pois, ao anjo, dizendo-lhe que me desse o livrinho. Ele, então, me falou: Toma-o e devora-o; certamente, ele será amargo ao teu estômago, mas, na tua boca, doce como mel. 10 Tomei o livrinho da mão do anjo e o devorei, e, na minha boca, era doce como mel; quando, porém, o comi, o meu estômago ficou amargo. 11 Então, me disseram: É necessário que ainda profetizes a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis.

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João, o Apóstolo, foi o único dos 12 apóstolos de Jesus que não morreu martirizado, antes, foi exilado pelo império romano na Ilha de Patmos e, em sua velhice, foi-lhe concedida a graça de receber as visões daquilo que hoje conhecemos como Apocalipse - Apocalipse é uma palavra de origem grega e significa "revelação" - A João foram dadas as revelações, como se diz no livro: "Das coisas que eram, das que são e das que haveriam de acontecer" e, foi-lhe dito que escrevesse segundo tudo o que visse;

Aqui, entretanto (verso 4), vemos que o anjo que lhe aparece ordena-lhe que não escrevesse o que tinha ouvido dos sete trovões - ou seja, dos sete anjos que anteriormente lhe falaram - mas que guardasse tais coisas em segredo até "ao tempo". Em seguida, lhe é entregue por esse mesmo anjo, um livrinho, o qual João deveria comer - e aí vem um dos paradoxos mais fascinantes da Palavra de Deus (vs. 9 e 10): O livro que ele come era-lhe doce à boca e amargo ao ventre!

Mas, o que vem a ser isso?
Antes de tudo quero fazer uma consideração importante: É evidente que não pretendo neste pequeno artigo tentar esgotar a complexidade do paradoxo a que me refiro, aliás, é bem provável que eu volte a falar sobre ele em outras ocasiões - assim espero com a graça de Deus. Fique portanto claro que o que estou abordando é apenas um pequeno vislumbre na totalidade da maravilha substancial indicada por essa palavra;
Isto posto, prossigamos...;

O que pode ser doce à boca e amargo ao ventre? 
Primeiramente identifiquemos a boca como o órgão que recebe e prova o que lhe é oferecido e o ventre como o nosso interior que armazena e processa o que foi recebido. Ora, o ato de receber é um, o de processar e armazenar é outro completamente distinto. Provar é um ato imediato, guardar, processar é uma ação contínua que se estende por tempo indeterminada - pelo menos para nós. O objeto em questão a ser provado e armazenado é o conhecimento - aquele mesmo que no vs 4 João deveria receber, porém reter e, no vs 10 lhe parece doce e amargo ao mesmo tempo - doce ao receber e amargo ao guardar;

É muito fácil transpormos esse conceito para a realidade da nossa vida prática:
_ Pense, por exemplo num pai que, tendo conhecimento suficiente para saber que seu filho está entrando numa enrascada, fica impedido de comunicar-lhe os fatos, seja porque este não o queira ouvir, ou porque não consiga captar ou decodificar sua mensagem, ou, simplesmente porque o pai não encontre palavras correspondentes que sejam aptas a transmitir ao filho amado todo seu conhecimento armazenado em tal situação. 
_ Qual será para esse pai o resultado de tal conhecimento?  
_ Angústia e amargor. Entretanto, nem por isso, tal conhecimento é ruim em si mesmo, pelo contrário, é doce e, antes sua doçura pudesse ser transmitida ao ser amado;

Noutro cenário: 
_ Um homem que ame ao seu povo, à sua nação, mas a assista, dia a dia, caminhando para um colapso iminente, sendo ele conhecedor pleno dos fatores que destroem a nação e de quais seriam os meios necessários que, seguidos, poderiam tirá-la da rota do desastre. Entretanto sabe que, tentar comunicar à pátria amada tais realidades, ao invés de despertá-la para os meios de ação, só a tornaria avessa às suas palavras e, a ele mesmo, um louco visionário perante os dos que, com tanto zelo tentasse resgatar;
_ Novamente, qual é o resultado de tal conhecimento? 
_ Angústia e amargor! 

E assim poderíamos prosseguir indefinidamente, exemplificando e elucubrando a respeito, mas prefiro ater-me ao aspecto principal do que estamos tratando - o paradoxo do que é doce ao comer e amargo ao processar; 

O que fazer quando a doçura do conhecimento, do dom, da benção que recebemos não pode ser repartida com quem gostaríamos e, como conseqüência disso, o armazenamento de tais graças tornam-se dentro de nós em amargor?    

A resposta única possível é esperar e confiar em Deus!
Esperar que Ele comunique, confiar que Ele cuidará de todas as coisas! 
No caso de João, o anjo lhe disse (vs 11) que convinha-lhe ainda profetizar a muitos - O que? Não se sabe! Quando? Tampouco! Não lhe foi dito sequer se as vozes dos sete trovões poderiam um dia ser ditas. Mas o que importa uma vez que Deus sabe? Importa-nos saber que Ele comanda os tempos e as eras, os seres e os acontecimentos, os destinos e as conjunturas e Nele descansarmos completamente a fim de que o amargo do conhecimento e das virtudes retidos em nós seja em Deus depositado a fim de que Ele, em Seu poder infinito torne tudo doce, de novo, sempre!






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quinta-feira, 11 de junho de 2015

Pão do Dia - Nem Olhos Viram, Nem Ouvidos Ouviram...


Pleno e perene;
Você sabe o significado dessas duas palavras?
Pleno vem do substantivo "plenitude" que significa "por completo"; "cheio"; "repleto"; "totalmente completado". Plenitude traz o conceito de preenchimento, mas um preenchimento tal que extrapola indefinidamente qualquer ideia de uma medida mensurável, ou seja, não é aquilo que momentaneamente está cheio, mas o que é cheio, permanentemente;

Perene, da mesma forma, provem de um substantivo: "perenidade", ou seja, "eterno"; "indefinidamente durável"; "que não se esgota ao longo do tempo"

Só por esta breve definição já se percebe que pleno e perene não são realidades possíveis na terra e que a impossibilidade dessas duas realidades são a causa de boa parte das nossas angústias interiores;

Todos nós sabemos - alguns, ao menos, intuitivamente, desconfiam - que embora vivamos nesta realidade presente e material, existe uma outra realidade [ainda mais real que esta primeira] que é a realidade invisível, espiritual e eterna, da qual cogitamos ao mesmo tempo em que praticamente a desconhecemos por completo;

Pois bem, ainda que nem consigamos cogitar as realidades do eterno por termos apenas as realidades tangíveis como instrumentos de verificação, há duas coisas que podemos afirmar categoricamente a respeito dessa realidade: ela é plena e perene, muito embora nem mesmo esses dois conceitos nós consigamos, de fato, apreender inteiramente por fugirem ao nosso campo de percepção dimensional;
Analogicamente, talvez, consigamos obter alguns flashes e vislumbres que nos deem um brevíssimo preview do que seria a realidade da eternidade. De antemão, o Apóstolo Paulo já nos assegura o seguinte:

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2Co 2:9 "mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam"

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Lembremos o fato que Paulo não apenas cogitou filosoficamente a respeito do que dizia quando se referia ao que estava por vir. Não! Ao contrário, ele fez uma afirmação categórica baseado em suas própria experiências místicas com Cristo e com o Seu céu;

Trazendo a um contexto um pouco mais entendível a nós aqui na terra, imagine o seguinte:
Imagine o seu melhor e mais amplo momento de felicidade - aquele em que você poderia abraçar ao mundo inteiro numa fração de segundos, que tudo parecia absolutamente perfeito, que os fatores (pelo menos a maior parte deles) pareciam estar perfeitamente alinhados, etc, etc.... Imaginou?

É claro que qualquer pessoa sã carregaria intrínseca a consciência de que a sua alegria, por intensa e extrema que fosse não é completa sob o ponto de vista das possibilidades, nem tampouco duradoura - saberia antes que tal momento é apenas um momento - ou um tempo - e que não durará para sempre. Qualquer pessoa de bom censo traria consigo essa realidade paralelamente à alegria que estivesse desfrutando;

Pois bem, essa realidade de fundo [de que nada aqui é completo nem eterno], gravada inapelavelmente em nosso subconsciente faz com que tenhamos de carregar uma angústia que é proporcional ao prazer, no próprio momento do prazer desfrutado - é como uma parte dentro da nossa alma que insiste em lembrar-nos da limitação quantitativa e temporal do melhor das nossas vidas;

Agora, porém, imagine-se [o quanto for possível] vivendo uma grande alegria, a maior que já conheceu na vida, porém elevada à infinita potência em termos de intensidade e, estendida para todo o sempre e sempre em termos de duração!

É difícil imaginar não é? Praticamente impossível. Não temos as referências necessárias;

Pois é justamente sobre essa dimensão inimaginável em que tudo é assim - pleno e perene - que o Apóstolo nos fala e, se, de fato não temos em nós ou aqui elementos que nos forneçam referência dessa realidade, ainda assim, podemos compreende-la e acolhe-la em nosso espírito através da fé - a fé que nos faz entender, de alguma forma inexplicável, que Deus tem algo que não conseguimos conceber, mas que Ele diz que tem!

Tudo isso serve para que entendamos uma coisa: Que as coisas que Deus tem, as coisas de Deus não são apenas melhores, superiores, mais elevadas, em termos do que possamos comparar e, portanto almejar.... Elas são, de fato, inimagináveis. Ponto! 

Oxalá isso nos leve a ter uma nova postura perante a Vida, valorando os aspectos certos - os da eternidade, e, deixando de lado as coisas vãs, cada vez mais, a fim de que enchamos o nosso coração da esperança do pleno e do perene ao mesmo tempo em que o esvaziemos das expectativas neurotizantes do pequeno e do temporal! 




     


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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Pão do Dia - Expectativa e Esperança


Acredito que não seja esta a primeira vez que eu esteja escrevendo a respeito deste tema... é bem possível, já que é um tema recorrente em minha mente. Cada vez que ele reaparece traz consigo um aspecto novo e fascinante...;



O Tema: Expectativa e esperança!
Essas duas palavras de etimologias tão próximas, tão comumente utilizadas em nosso dia a dia como sinônimas, carregam, na verdade, uma distância abissal em termos de seu sentido dimensional;



Romanos 5:
3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;
4 e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.
5 Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.



Antes de prosseguirmos com a nossa reflexão, vamos recorrer às perguntas e que habitam o falatório das pessoas e/ou que possam surgir aqui, em nossa explanação:

1) A esperança é de fato a última que morre?
Na hipótese da resposta ser afirmativa, surgem inevitavelmente duas novas perguntas: "Quando ela morre? Em que circunstâncias" e "Que, ou o que a mata?"

2) O que é esperança?

3) O que é expectativa?
4) Existem diferenças reais entre os dois conceitos?

Antes de nos atermos apenas ao termo verbal, procuremos entender na concretude da realidade ao que remete, de fato, cada um desses termos,

A palavra "Esperança" aponta para uma realidade tão diferente da do termo "Expectativa" quanto dista o céu da terra. São realidades incomparáveis, embora, à primeira mirada não pareça; e não apenas em termos de intensidade, mas no próprio objeto para o qual apontam e, por fim, por habitarem e trafegarem em áreas diferentes da nossa alma - a primeira, a esperança, habita o que chamamos de espírito, a região pacífica, que não arde em ansiedade, antes sabe e espera com o ardor da esperança certa. A outra, a expectativa queima na chama do será e muitas vezes nos consome por dentro.

Para explicar isso melhor vamos começar falando sobre as expectativas. O que são?
Expectativas são projeções mentais que fazemos com relação a algo ou alguém, ou, a nós mesmos,sempre em direção ao nosso futuro - geralmente um futuro mais imediato, mais material, ligado às necessidades temporais - em geral, essas projeções são feitas em nossa mente usando o termo comparativo com as experiências já vividas e, uma vez que o natural do homem é repetir suas experiências doces e banir ao mesmo tempo as amargas, é justamente na linha dessa cogitação que trafega a nossa expectativa. O problema real é que as expectativas, não sendo nada mais do que apenas desejos humanos imediatos, não carregam em si mesmas, o poder da alteração da realidade o que faz com que muitas expectativas resultem em amarga frustração de alma; 

E a esperança?
A própria forma da palavra, embora não seja um verbo, sugere uma ação gerundial, uma ação continuada ad eternum. Por que? Muito simples! Porque diferentemente do elemento da expectativa que é um objeto, por definição, móvel a cada situação, tanto quanto mutante são as próprias situações que geram essas expectativas; a esperança não; a esperança já tem o seu alvo definido e absolutamente firmado, seja em termos finais (O Céu); como em termos temporais (As promessas aqui na terra). A esperança do céu não muda à cada nova circunstância que vivemos - ela é fixa, assim também as palavras, promessas de Deus a nós - elas independem de circunstâncias e condições. Ademais, há uma diferença definitiva entre ambas - a esperança e a expectativa: A primeira nasce numa iniciativa Do Eterno, do Deus que tudo sabe, vê e pode desde sempre e para sempre. A outra, a expectativa, duma alma finita que sabe poucas coisas perante a eternidade - bem intencionada, mas finita; sincera, mas finita; bondosa, mas finita! 

Sendo assim, apeguemos-nos à esperança que não confunde, pois nela, o amor de Deus é derramado em nossos corações como explicação do inexplicável e justificação do injustificável e; o Espírito Santo, a nós dado, é posto como o selo! 




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terça-feira, 9 de junho de 2015

Pão do Dia - O Que Não Dá É Abrir Mão De Viver



Todos nós já ouvimos, senão já dissemos frases do tipo:


"Eu procuro ser uma pessoa boa"
"Se eu não puder fazer o bem também não faço o mal"
"Eu não roubo, não mato e não faço o mal a ninguém"


Sempre que se diz coisas desse tipo o que se pretende é a auto-justificação perante a própria consciência, perante o próximo e até perante o próprio Deus. Porém, o que esse tipo de afirmação carrega como verdade intrínseca? 

Carrega uma profunda recusa em sair para a vida, em dar as caras no jogo, em arriscar-se no jogo chamado viver, sobre o qual se sabe - como seres limitados e falíveis que somos, erraremos muitas e muitas vezes; a maior parte dessas vezes [no caso de quem é bem intencionado] erraremos tendo a mais pura intenção de acertar;

Como o processo do erro nos custa caro, sobretudo emocionalmente, o pavor ao próprio erro faz com que muitas pessoas se escondam atrás dessa parede holográfica e existente apenas em sua própria ilusão que consiste em eximir-se do processo do próprio viver como se isso fosse de fato possível... Não é!

Uma coisa que é preciso - fique bastante clara - é que acertar e errar não só fazem parte do jogo da vida, como estão, ambas, perfeitamente previstas pelo próprio Deus - previstas e já, de antemão, solucionadas: 

Quando, por exemplo, Pedro pergunta a Jesus (Mateus 18:22) quantas vezes se devia perdoar alguém que nos tivesse ofendido, Jesus responde: "Não sete (como Pedro havia sugestionado na pergunta), mas setenta vezes sete"

Isso significa que já existe um perdão amplo e praticamente irrestrito para os erros que, acidentalmente, venhamos a cometer. Sim, pois, se Jesus disse que Pedro, como homem, deveria exercer tamanho perdão, imagine a dimensão de perdão exercida pelo próprio Deus!

Portanto, saiba que o acerto e o erro são aceitáveis. O que não é aceitável é a timidez de alma que nos impeça de viver a vida doada tão graciosamente por Deus. Afinal, Ele mesmo disse que veio para nos dar vida e dá-la em abundância....

Vivamos!





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