Hoje estamos encerrando, aqui no Pão do Dia, essa semana de reflexões e postagens, aliás, muito fértil, a respeito do assunto "conexões". Abordamos alguns aspectos desse conceito tão amplo e, evidentemente ainda há muito o que dizer, porém, nele voltaremos em ocasião oportuna se assim Deus nos permitir;
O ângulo para o qual voltamos hoje o nosso olhar é o referido na Palavra de Deus por meio de Paulo aos filipenses:
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Filipenses 2: 12 Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; 13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.
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O que isso significa? Deus põe em nós tanto o querer como o realizar
Tomemos esses dois elementos: O realizar como o produto final em forma de frutos concretos que podem ser apresentados a Deus e aos homens. O querer como o germe, a matéria prima metafísica e basilar que gera a realização... Pois bem, ambos vem de Deus!
É fácil, quase automático, atribuirmos a Deus as realizações - dizemos "graças a Deus" -,mas o querer? Esse não. Esse, pensamos, depende de nós, é produzido em nós e por nós mesmos e, quando, finalmente, imbuídos desse pensamento, olhamos para dentro de nós mesmos e não encontramos o querer que ali deveria estar, ou pior, encontramos um querer estranho aos nossos princípios e ao Mandamento, o que fazemos? Nos acusamos, entramos em crise.
Por que? Porque partimos da premissa equivocada de que somos nós quem geramos o querer para que Deus possa realizar. Pensando assim é inevitável que, quando nos deparamos com a inexpugnável inadequação desse querer, seja qualitativa ou quantitativamente, a nossa única possível conclusão é a de que algo muito errado está acontecendo conosco.
Ora, nem tudo nesse pensamento é um engano, o é em parte - a premissa neste caso é que está equivocada, não a mecânica!
Ora, nem tudo nesse pensamento é um engano, o é em parte - a premissa neste caso é que está equivocada, não a mecânica!
Qual é a premissa correta? É de que tudo, absolutamente tudo vem de Deus, tem origem em Deus - não apenas o realizar pelo qual naturalmente tributamos graças, mas também o querer, pelo qual nos sentimos tão bem e, não raro, nos gloriamos quando ele é belo;
A mecânica sim! Essa é co-participativa - se por um lado Deus origina o querer, esse querer precisa, por outro lado, encontrar em nós, não somente guarida, como um firme comprometimento para que possa se desenvolver ao ponto de chegar a ser uma realização. É a esse respeito que o Apóstolo se refere no versículo 12 quando exorta: "desenvolvei a vossa salvação".
Da mesma forma o realizar - é evidente a legitimidade de darmos graças a Deus, entretanto, sem perdermos de vistas que a graça que tributamos a Deus envolve sempre a ideia de que Ele tenha realizado tudo por meio de nós - isso é uma grandiosíssima graça, pois, somos absolutamente cônscios do que Jesus disse: "Sem mim nada podeis fazer";
- Nem o querer, que supúnhamos, vem de nós mesmos, até o querer é graça;
- Quer dizer que não devemos nos acusar pelo bem que ainda não queremos por meio de nossa própria natureza, mas, ao invés disso, nos desenvolvermos na caminhada da salvação a fim de absorvermos em nós o querer que vem de Deus;
- Quer dizer que há determinados desejos que ainda não brotaram em nós e que estão guardados em Deus e que Ele poderá colocar em nós segundo a Sua vontade, o Seu tempo e que devemos preparar o terreno em nós para isso;
- Quer dizer também que o desejo é de Deus e não nosso;
- Também que não devemos nos afligir pelo que não somos, sobretudo comparando-nos aos aos outros, pois é Deus quem distribui tudo a todos;
- E por fim, concluirmos que, sem dúvida alguma, há pessoas melhores do que outras - inegável, pela modulação dos seus desejos e sobretudo pelos seus atos. Mas que todos nós podemos nos tornar melhores do que somos a cada dia;
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