quarta-feira, 29 de abril de 2015

Pão do Dia - O Mal que Habita em Mim

É muito comum nos apropriarmos do bem como se fôramos sua fonte originária, ao mesmo tempo em que terceirizamos com toda naturalidade do mundo toda forma de mal que vivenciamos e praticamos - é próprio da natureza humana pensar e sentir as coisas sob esse mecanismo. Entretanto, o Apóstolo Paulo, contrariando a essa tendência natural e imbuído de profunda consciência dessa mesma natureza, afirma sem qualquer pudor: "O mal reside em mim!" Romanos 7: 21 - Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim

De fato, por mais paradoxal e estranho que possa parecer, quanto mais profunda é em nós essa consciência, tanto mais preservados estaremos de praticarmos o mal! Negligenciá-la, ao contrário é colocar-se vulnerável diante do mal e ele não perdoa tal presunção. Portanto admitir a possibilidade é abrir-se ao bem, enquanto que negá-la - seja por orgulho, medo ou excesso de religiosidade pudica - não importa - já é, por si só, cair em suas teias. 
Ao admitirmos a realidade de que os crimes mais hediondos da humanidade, antes de serem condensados sob símbolos de organizações, movimentos e partidos, foram originariamente formados em corações humanos. Sobretudo, ao admitirmos que, no que se refere à natureza humana, em nada - ou quase nada diferimos dessas pessoas e que, talvez, sob certas circunstâncias, qualquer um de nós somos passíveis de praticar o mal. Quando essa admissão acontece apelamos ao único e verdadeiro recurso que nos poderá livrar do mal: A graça redentora que nos põe em Deus e faz com que Ele habite em nós. Fora disso.... There's no hope!


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