Se necessário for complementarmos ao texto de ontem "Mais vale um Cão vivo do que um Leão morto", no qual simbolicamente o Cão representa o comum e trivial e o Leão ao Nobre que se ostenta orgulhosamente em sua própria condição, acrescentaria o seguinte: Que toda forma de nobreza, elevação interior como cultura, conhecimento, habilidades inatas ou adquiridas, e mesmo a espiritualidade, só valem alguma coisa e de fato só têm sentido se de alguma maneira puderem ser traduzidas em alguma forma de vida que se comunique com a vida ao redor, caso contrário, tudo isso será a personificação do leão morto que se cita em Eclesiastes. Em síntese eu diria, como postei recentemente que, de fato não faz tanta diferença a fé que você (e eu) diz professar e nem o requinte de sua doutrina em detrimento de "outras tão rudimentares", assim como também não vale nada - ou quase nada - o sentimento que você tem ou diz ter, pois esses ambos - a fé com que crê e o sentimento com que sente - ambos existem apenas em seu mundo interior e não no mundo objetivo perceptível a todos e não afetam a nada nem a ninguém para além de você mesmo. Outrossim, a única coisa que realmente importa é o que você e eu fazemos, pois isso diz alguma coisa, isso faz a diferença e afeta o universo objetivo à nossa volta. O cão vivo faz assim - não obstante seja cão, na rudimentalidade de sua vida põe a vida em movimento a partir de razões simples que dele emanam ou simplesmente copia, não importa! É claro que viver a vida na intensidade do cão e as qualidades do leão é o nosso mundo ideal. Algo louvável de ser perseguido. Devemos viver a vida com o máximo de nobreza e virtude que pudermos, o que ão podemos jamais é, em nome de tanta virtude nos permitirmos abdicar de viver.
A mensagem final, eu diria é: Saiamos então das nossas torres de cristal nas quais nos alegramos na inutilidade das nossas nobrezas e vamos para as ruas por onde andam os cães e talvez aprendamos alguma coisa sobre a vida real!
Um dos melhores até hoje.
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