terça-feira, 7 de abril de 2015

Pão do Dia - Os Fantasmas do Passado (Fp 3: 12-16)

São de censo comum os conceitos a respeito de passado como "O que passou, passou!"; "Águas passadas não movem moinhos"; "Ninguém vive de passado", e tantos outros que poderíamos elencar. Porém, ao mesmo tempo em que todos parecem saber disso ao ponto de poderem ensinar cada um ao seu próximo, o passado continua sendo um fantasma em sua totalidade ou pelo menos em parte dele para a grande maioria das pessoas que eu conheço. E a razão disso pode ser rastreada.

Por que o passado é um fantasma? 
Porque de algum modo está vivo! Seja por situações de pendências que deixamos com pessoas com as quais nos relacionamos - pendências do tipo: ingratidões que cometemos, palavras que foram mal ditas, atitudes e sentimentos que não foram expostos como deveriam ou não ficaram claros como deveriam. Tudo isso faz com que um filme fique passando e passando em nossa mente carregando sempre a mesma esperança de quando assistimos a um filme de Hollywood o qual já vimos 1200 vezes: De que por alguma forma o final será diferente. Sabemos que não será, conscientemente sabemos disso - o roteiro já foi escrito, o filme encenado e as luzes do estúdio apagadas. Todos já estão em suas casas.... Mas em nosso imaginário, ao assistirmos o filme sempre há o fundo de esperança presente porque nos parece que a cena está acontecendo ali, naquele exato momento em que a assistimos. Sabemos que não é assim, mas sentimos como se fosse. 
Da mesma maneira acontece com os filmes que estão em nossas mentes. Eles continuam vivos porque nós o mantemos assim. A diferença fundamental disso para os filmes hollywoodianos é que nestes primeiros nós somos os protagonistas, vilões e coadjuvantes, e isso nos afeta sobremaneira! Se naqueles apenas torcemos por um final feliz que sabemos que não acontecerá, nestes, dada a carga de envolvimento pessoal, nos remordemos sem parar (remorso) na tentativa de mudarmos dentro de nós o que já foi, mas assim como naquele, o da nossa vida também tem um roteiro que já foi escrito e um filme que já foi encenado... e foi o que foi!

O que fazer para exorcizar esses fantasmas:
Paulo fala sobre 4 coisasque constituem o único real e prático caminho (não disse fácil, disse prático):

_ Ele diz: "Não obtive a perfeição!" Saber disso é necessário e reconfortante. Embora lutemos pelo melhor - e devemos mesmo lutar - tudo o que fizemos e continuamos fazendo deve ser posto na perspectiva de seres imperfeitos que também erram quando deveriam acertar. É assim que é.

_ Ele diz: "Uma coisa faço!" Pensar e repensar na mesma cena não é fazer alguma coisa. Se há algo pra fazer, faça. Se não há, entregue nas mãos de Deus e conforme-se simplesmente. Não há o que fazer e o remorso não vai ajudar.

_ O que ele diz que faz: "Esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão!" Embora pareçam dias ações independentes elas são totalmente interdependentes, ou seja, "eu me esqueço porque avanço ao mesmo tempo em que só posso avançar se esquecer. Se não deixar pra trás não avanço e se não avançar não esqueço o passado". E como esquecer o que não se consegue esquecer? O que retorna à memoria como um cheiro? Entregando, entregando e entregando todo pensamento que vier a Cristo para que Ele cuide do que não podemos mais cuidar. Ele é Pai da Eternidade, acessa todos os tempos e todas as coisas;

_ Por fim Paulo fala: "Prossigo para o alvo e para o prêmio" - O prêmio existe, está na frente e não atrás e será nosso independentemente das imperfeições com que erramos no passado desde que nos decidamos a continuar andando em direção a Ele.
Deus não inviabilizou e não desistiu.... E você?





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