sexta-feira, 1 de maio de 2015

Pão do Dia - A Luta pela Verdade - Parte 2/2


Continuando o raciocínio que iniciamos ontem, sobre do diálogo de Jesus com os judeus, e que está descrito em João 8, gostaria de ressaltar mais alguns aspectos importantes da batalha que toda pessoa que queira encontrar-se com a verdade e manter-se nela terá necessariamente de travar;  
Trata-se do seguinte: Se nós vivêssemos num contexto em que a verdade, a sinceridade e a autenticidade das atitudes fossem a regra geral, estranho e difícil seria para alguém entregar-se à mentira, pois, fazendo assim, logo tal pessoa ficaria exposta, primeiramente diante de si própria, pois perceberia em seu ato certa desarmonia com a realidade, além disso, sua atitude ficaria patente aos olhos de todos ao redor que perceberiam logo que algo estranho o estava acometendo. Mas infelizmente não é isso o que ocorre - vivemos ladeados da mentira, da falsidade e do disfarce - todos os inputs que recebemos nos levam a pensarmos por meio de slogans, chavões, propagandas e nos condiciona a uma superficialidade sob a qual se cria um chão de concreto praticamente intransponível. Pior que isso, além de estarmos ladeados por toda a parafernália da mentira, estamos também imersos nessa realidade fantasiosa, uma vez é ela que compõe a maior parte da nossa natureza humana decaída. 
Justamente por isso, a verdade, venha ela pela forma que vier - seja por palavras, por atos, por vida, não importa.... Sempre causa tanta estranheza, chegando mesmo ao ponto parecer ao mundo que nos cerca um sinal de insanidade. Isso acontece porque ladeados e imersos na mentira, estranho é ser verdadeiro enquanto que a falsidade é tão somente o modus operandi da vida e, portanto, perfeitamente normal! 
Diante dessa estado de coisas fica mais fácil entender a exclamação do Apóstolo Paulo que, refletindo a respeito de sua própria dialética diz: "Miserável homem que sou. Quem me livrará do corpo desta morte?" E ele mesmo responde: "Graças a Deus por nosso Senhor Jesus Cristo..." Indicando com isso o seguinte: A mentira, para o homem natural é uma realidade inescapável exceto quando este recorre à fonte da verdade que é Cristo - Jesus disse: "Eu sou o Caminho, a Verdade, e a Vida..." 
Entender isso é receber a chave que abre a porta, mas ainda não é o fim. Após receber a chave é necessário abrirmos a porta e entrarmos voluntaria e resolutamente por ela. Abrir a porta é aplicar essa verdade a nós mesmos - enxergarmos-nos sob a ótica inapelável da luz que nada oculta ou disfarça - termos a coragem e a determinação de olharmos sempre para nós mesmos sob essa luz. Finalmente entrar pela porta significa dar passos que reformem a nossa vida de acordo com a verdade e não mais de acordo com as convenções e conveniências - passos que temos que dar dia após dia até que chegue a nós o Dia, ou até ao dia em que nós nos apresentemos a ele.  




3 comentários: