sexta-feira, 15 de maio de 2015

Ressurreição de Cristo: História ou Objeto de Fé?

Na entrevista concedida pelo Dr Rodrigo Silva ao Programa do Jô, entra em debate a existência ou não de evidências históricas da ressurreição do Nosso Senhor Jesus Cristo;

Chamou-me a atenção um equívoco elementar cometido por Jô Soares, não obstante seja uma pessoa dotada de inteligência e cultura e, como a si mesmo se define, de fé. Esse engano foi o de tentar relativizar como evidência probatória e histórica da ressurreição suas testemunhas oculares, alegando, para tanto, "tratar-se de uma questão de fé e não de provas."

Mas.... O que exatamente isto quer dizer - "é uma questão de fé"?
Em outras palavras significa dizer que as conclusões a respeito do assunto não são objetivas, ficando assim, por conta de cada um acreditar no que queira;

Este raciocínio surge - conforme se observa no decorrer da conversa - a partir de três premissas: 1) Do fato de que as testemunhas da ressurreição eram todas ligadas, de algum modo, a Jesus e, portanto, seu testemunho estaria, por essa razão, comprometido; 2) De que o que temos são "apenas" testemunhos de pessoas e não outras provas documentais; 3) De que Jesus e o cristianismo são objeto de fé e não necessariamente um fato histórico comprovado;

Com relação a esse emaranhado aparentemente lógico de argumentos, muitos podem até ficar em dúvida, mas somente até que penetremos uns dois ou três centímetros adentro na questão. Vamos lá:

1) O ARGUMENTO DE QUE AS TESTEMUNHAS DA RESSURREIÇÃO ERAM TODAS, DE ALGUM MODO, LIGADAS A JESUS E, PORTANTO, SEU TESTEMUNHO ESTARIA, POR ESTA RAZÃO COMPROMETIDO
Bem... Nem uma coisa nem outra: Nem todas as pessoas que testemunharam eram ligadas a Jesus e, o fato da suposta ligação não conclui-se automaticamente invalidação do testemunho.
Essa alegação não é verdadeira de maneira nenhuma. Não que seja insuficiente o depoimento de 11 testemunhas - pelo contrário, em qualquer corte do mundo, em qualquer tempo, esse contingente testemunhal seria mais do que aceito como fonte legitimadora para qualquer questão. Entretanto, a Bíblia nos relata pelo menos dezoito aparições de Jesus em diferentes momentos após Sua ressurreição - veja o link (http://solascriptura-tt.org/Cristologia/DezoitoAparicoesCristoPosRessureicao-Helio.htm), e também (http://pt.wikipedia.org/wiki/Apari%C3%A7%C3%B5es_de_Jesus_ap%C3%B3s_a_ressurrei%C3%A7%C3%A3o);
Numa dessas aparições, Jesus apareceu a mais de 500 pessoas de uma só vez (1 Coríntios 15: 6 - Depois foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais, a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem). Ou seja, Paulo, que escreveu essa carta em 55 d.C. era não apenas, ele mesmo, testemunha ocular de Cristo após a ressurreição, como constata e relata, por meio de testemunho de uma quantidade enorme de fontes primárias a mesma informação. Se isso não é prova cabal, eu realmente não sei o que é.
Além disso, o fato de uma pessoa ter algum tipo de vínculo, salvo em casos muito específicos, não impede absolutamente o seu testemunho e, neste caso em especial, o vínculo alegado não envolve interesses secundários por parte das testemunhas em questão - ao contrário, os que testemunharam o fizeram na mais pura contrariedade aos seus interesses pessoais, uma vez que o ambiente era de todo hostil a esse tipo de afirmação - o vínculo alegado é somente o da fé que tais pessoas carregavam em seus corações, portanto um critério estritamente subjetivo, inaferível e portanto inexpugnável para efeitos testemunhais, além do que, pronunciado por uma enormidade de gente.

2) O ARGUMENTO DE QUE O QUE TEMOS SÃO "APENAS" TESTEMUNHOS DE PESSOAS E NÃO PROVAS DOCUMENTAIS 
Há aqui um equívoco que considero grave: Não são "apenas" testemunhas, são testemunhas. A prova testemunhal, para quem não sabe, é uma das três provas admitidas pelo direito juntamente com a prova pericial - que depende de um laudo técnico; e a prova documental. Essas três, juntas ou isoladamente dão base e são aceitas - qualquer uma delas - como prova definitiva.
No caso da ressurreição de Jesus temos as três:
1) Prova pericial: Atos 1: 3 - A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus
Embora não tenhamos os detalhes técnicos periciais, sabemos que eles foram demonstrados. Quem relata isso não é um dos doze que, primeiramente andaram com Jesus, mas Lucas, um homem da ciência, provavelmente médico, e que, certamente sabia o que estava dizendo ao referir-se às provas com esses termos;
2) Prova documental: Temos uma amplitude enorme de documentos registrado por um historiador romano do primeiro século - Flavio Josefo - considerado o historiador mais importante de sua época (pesquise sobre isto - há uma infinidade de documentos) e que não era cristão. Portanto, diante da possível alegação de que a ressurreição seja apenas objeto de fé e não história, temos documentos - mais do que seria necessário - de uma fonte absolutamente isenta, ou melhor, como romano, seu interesse natural seria o de manter afastada qualquer cogitação da ressurreição de Cristo, uma vez que foi Roma quem o executou;
3) Prova testemunhal: No código de direito aceito em qualquer parte, com pequenas variações, apenas uma testemunha que tenha real conhecimento do ocorrido ou que tenha sido testemunha ocular do fato - apenas uma dessas duas hipóteses - já é considerada apta a depor e, o seu depoimento aceito como prova. No caso de Jesus temos perto de 550 pessoas relatando o mesmo fato - e isto, somente do que está relatado nas Escrituras... É muito mais do que se poderia esperar!

3) O ARGUMENTO DE QUE JESUS E O QUE DECORRE A PARTIR DELE SÃO OBJETOS DE FÉ E NÃO NECESSARIAMENTE UM FATO HISTÓRICO 
Este pensamento é um um reducionismo absurdo da realidade. Como já foi dito, o fato de que a maioria das testemunhas - nem todas - eram crentes em Cristo, isto, de modo algum, pode invalidar tal testemunho, tampouco o fato de que a fé em Jesus se tenha tornado tão grande e inabarcável ao longo de vinte séculos que se seguiram.
Não se pode julgar um fato retroativamente em virtude de sua repercussão - No mais estrito senso processual de direito, o fato, quando ocorrido, nada teve a ver com os desdobramentos que se seguiram a ele e portanto, parece óbvio, que o que dele decorrer posteriormente não pode alterar retroativamente o julgamento concreto do fato original, exceto quando uma nova prova ponha em xeque e desminta a prova anterior.
Ora, basear-se no fato de que os que testemunharam a ressurreição eram crentes em Jesus e, por meio disso tentar anular o seu testemunho, é um argumento pueril. Pouco importa em que eles criam, mas o que viram e testemunharam. Não é assim que o direito funciona? Ademais, as provas existem e independem da fé das testemunhas e da propagação posterior que esse testemunho causou.

Portanto, se se quisesse anular as provas testemunhais, periciais e documentais da ressurreição de Nosso Senhor, isto só poderia ser feito legitimamente por meio de uma nova prova cabal no sentido contrário a tudo o que já foi provado... Diante disto eu pergunto: "Cadê o corpo?" Num sitio arqueológico tão restrito como Israel e, num período tão longo - 2000 anos - é absoluta e materialmente impossível a improbabilidade da ressurreição de Jesus!

Cold Case!






NESTA MATÉRIA EU PROCUREI REUNIR ALGUMAS DAS INÚMERAS EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, BEM COMO REFUTAR A ALEGAÇÃO SUPERFICIAL E INFUNDADA DE QUE TUDO O QUE A ELA SE REFERE DEVA SER ENCARADO (REDUZIDAMENTE) COMO OBJETO DE FÉ

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