terça-feira, 26 de maio de 2015

Pão do Dia - Lança O Teu Pão Sobre As Águas







Eclesiastes 3: 1-4 Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. 2 Reparte com sete e ainda com oito, porque não sabes que mal sobrevirá à terra. 3 Estando as nuvens cheias, derramam aguaceiro sobre a terra; caindo a árvore para o sul ou para o norte, no lugar em que cair, aí ficará. 4 Quem somente observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará.
A afirmação feita em Eclesiastes 11 é absoluta e categórica: Ela nos diz duas coisas essenciais ao bom viver:

A primeira é que devemos lançar o nosso pão sobre as águas - Traduzindo os termos metafóricos aqui empregados entendemos o "pão" como a nossa própria vida com tudo o que ela abrange - nosso amor, conhecimento, energia, etc, etc - não apenas as coisas materiais que possuímos, mas nós mesmos, integralmente - devemos nos lançar a nós mesmos sem restrição alguma e sem reservas nas águas;

As "águas", por sua vez, representam a própria Vida, o fluxo da Vida do qual nós mesmos participamos, mas que não se restringe apenas à nós, senão também a tudo e todos que nos cercam;

É sobre esse fluxo que devemos nos lançar!

Entendida a metáfora temos o seguinte imperativo: "Lança a tua própria vida com tudo o que ela é e tem sobre a Vida (esta segunda no sentido da Vida maior e que nos transcende) porque, assim fazendo, depois de cumprido o tempo de maturação de cada coisa, tu acharás de novo a vida que foi lançada, acrescida do que a Vida graciosamente te deu!"

A segunda afirmação decorrente desta primeira é a que é feita no versículo 4: "Quem somente observa o vento nunca semeará e quem olha para as nuvens nunca segará". Novamente, precisamos entender a metáfora: "Ventos e Nuvens" representam aqui os problemas, as preocupações, os temores e ameaças que nos assombram;

Traduzida a metáfora lemos o seguinte: "Quem somente atenta para os problemas, para as impossibilidades, para as dificuldades... Quem se enche de medo ante as possibilidades ruins - o medo de amar e ser traído, o de doar-se e não ser correspondido, o de fazer o bem e receber o mal em troca... Esse nunca semeará vida na Vida, ao contrário, tornar-se-á egoísta, avarento de vida e pequeno e, como conseqüência inevitável, jamais colherá da Vida coisa alguma senão o que por osmose vier a lhe suceder";

O que entendemos em tudo isso?

Entendemos que o maior inimigo, o maior sabotador e predador natural da nossa própria vida é o medo de entregar-se para a Vida. O medo produz tormento, o tormento restringe e retrai, a retração impede a reciprocidade, a bênção, a troca e futuro!

É evidente que devemos sempre ter conosco o senso da realidade que consiste em enxergar a dificuldade como tal e é evidente que podemos, em certa escala, até temermos diante de determinadas possibilidades. Mas o que não podemos, em hipótese alguma. é aceitarmos a avareza de uma vida recolhida pelo medo das possibilidades. Devemos crer contra a esperança. E a solução para isso é uma só: "Lança-te!"







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