terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Pão do Dia - Amores Desiguais













Bom dia;

Hoje eu gostaria de falar de amor.
Mas "amor"? Alguém poderia indagar? Não há nada mais batido do que falar de amor! Nenhum tema que seja mais explorado... Falar de amor? Qual é a novidade?
Quem quer que fizesse essas indagações estaria coberto de razão. E eu ainda acrescentaria que a palavra "amor" é um dos conceitos mais indefinidos e que menos se referem a alguma coisa concreta dos termos que conhecemos nos dias de hoje - dizemos "eu amo" tanto para nossas esposas (ou maridos), para nossos filhos, nossos cachorros, nossos carros, nosso dinheiro, nosso banho quentinho, nosso fim de semana tranquilo, etc, etc... e dizemos também (alguns), "eu te amo", referindo-nos a Deus! 

Já pensou? Que confusão? É evidente que não estamos falando da mesma coisa nessas várias categorias, muito embora o termo empregado seja sempre o mesmo: "eu te amo";
Pior que isso, a indústria do cinema de Hollywood forneceu-nos uma visão de "amor" apenas em seu viés romântico, a qual depois evoluiu para erótico e, graças às telenovelas até para a pornografia - tudo carregando a mesma pecha: "amor".
Passou a ser considerados amor a atração, a "química", o interesse, as empatias, simpatias, sinergias, enfim, tudo, ou quase tudo ganha nobreza quando recebe a mais usada das nomenclaturas: o amor. 
Mas será? Será que é de fato amor tudo aquilo que assim se denomina? 
Leon Tolstoi escreveu: "O amor humano permite que se passe do amor ao ódio, enquanto que o amor divino é imutável".

Alguma mentira nisso? 
quem já não presenciou, ou praticou, ou sofreu a situação de um "amor" deixar de ser amor e transformar-se em ódio, objeto de chacota ou coisa assim, quando deixa de ser o alvo de algum interesse? 
É justamente sobre isso que quero abordar nesse pão do dia: Sobre os amores desiguais - o de Deus e o do homem. Desde logo afirmo que só é amor em substância o amor de Deus. O nosso amor - dos homens - é, na melhor das hipóteses, um reflexo deste primeiro. Isso está dito na Palavra de Deus com todas as letras: 

1João 4: 8 Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor/ 19 Nós amamos porque ele nos amou primeiro.

Pense em alguém que você ama... Por mais que você ame essa pessoa, por mais sincero e intenso que seja esse amor, ele não existe em si mesmo, ou seja, o nosso amor não é (e nem pode ser) a fonte dele mesmo, ao contrário, ele depende de fatores para existir. Por exemplo, é muito difícil ao homem manter por longo período um amor que não seja correspondido. 
Se perguntarmos a um marido qualquer a razão de seu amor por sua esposa, ele certamente começará a listar qualidades da esposa, provavelmente dirá: "Eu a amo porque ela é linda", ou dirá que a ama porque ela é amável, adorável, doce, meiga, gentil... enfim, não importam aqui os atributos, mas sim o entendermos que são os atributos a razão de existir desse amor. Percebe? O amor humano precisa de razoabilidades!
Se ele detectasse nela o oposto dessas características - digamos que ela fosse aos seus olhos, feia, amarga, hostil, descuidada, etc, dificilmente esse amor continuaria a existir - pelo menos não na mesma intensidade e força. Ou seja, o nosso amor precisa de uma razão - o outro precisa ter algo que justifique o amor recebido;

E quanto ao amor de Deus? 
O que justifica o Seu grande amor? 
A resposta: Nada! Pelo menos nada em nós!
As vezes ouvimos pessoas que dizem: "Eu não sei o que Deus viu em mim pra me amar". Elas estão absolutamente certas - Deus não viu, de fato, nada de bom em nós que justificasse o Seu amor (e que grande amor!);

Mas então como e por que nos ama? 
Ele nos ama porque Ele mesmo é o amor. Ele nos ama a partir Dele mesmo e não de nós. Seu amor não depende de correspondências para existir - ele é em si mesmo, subsiste como amor. Em outras palavras, Deus não precisa enxergar nada em ninguém para que ame essa pessoa, não precisa de razões (graças a Deus por isso) - Ele ama porque ama. Ama porque é amor;

Percebe a diferença? 
Percebe porque João escreve que nós só amamos porque Ele nos amou primeiro? 
É porque Ele, sendo a fonte única do amor, origina em nós, a partir dele mesmo a possibilidade de também amar. Só somos capazes de amar a partir do Seu amor. O Seu amor é a partícula que origina e desencadeia o amor com que amamos. Não somos capazes de gerar, nós mesmos, esse amor a partir do nada. Ele é, pois é amor!

E por que de toda essa reflexão sobre o amor? 
1) Para que tranquilizemos o nosso coração quanto ao que possamos julgar meritório ou não o recebimento desse amor - não merecemos, mas Ele ama assim mesmo! 
2) Para que tenhamos confiança ao saber que Ele é a fonte e, portanto a fiança desse amor e não nós (de novo, graças a Deus por isso);
3) Para que, a partir desse amor - o Dele - passemos a também amar e a cumprir dessa forma o Seu único mandamento: o de amar;
4) Para que o amemos a partir da consciência de nossas imperfeições e da incondicionalidade de Seu grande amor

Bem, por hoje é isso. 
É claro que haveria muito mais a se dizer, porém isso focará, se Deus permitir, para outra ocasião.

Deus abençoe ricamente ao seu dia em nome de JESUS! 








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