Bom dia;
Se há uma idéia pela qual todos lutam desde que o mundo é mundo, essa idéia é a liberdade. As lutas acontecem em todas as épocas e segmentos da vida humana e envolve muitas vezes rebeliões, rupturas e até derramamento de sangue, tudo em nome da tão sonhada liberdade - filhos rebelam-se contra a "tirania castradora" de seus pais (ainda que objetivamente as coisas possam não ser bem assim), movimentos estudantis levantam-se de quando em quando contra os governos - os de esquerda contra governos conservadores, os conservadores contra governos de esquerda, mulheres insurgem-se contra o "controle" de seus maridos (de novo,ainda que objetivamente as coisas possam não ser bem assim), empregados contra os patrões "opressores", enfim, sempre há um bom motivo para se lutar em nome da liberdade e, não é raro, vermos pessoas, em nome da liberdade, rejeitarem todo e qualquer tipo de ascendência, inclusive do próprio Deus sobre qualquer aspecto de suas vidas supostamente autônomas, dizem-se, ao invés disso, livres pensadores;
Pois bem, a liberdade parece mesmo ser o maior, ou um dos maiores objetos de desejo da humanidade. Mas você já notou assim como eu que há uma tendência quase pivotal que aqueles que se rebelam contra uma força em nome da liberdade joguem-se logo em seguida no colo de uma outra força inversa, quase sempre pior do que a anterior? Ou então que para os que se pretendem "mentes autônomas", "livres pensadores" em relação às realidades imediatas e mesmo diante da Realidade Máxima, sempre recorra para faze-lo à sistemas e mecanismos tão sofisticados e tão rígidos que nem de longe podem ser chamados de liberdade, sendo antes as suas próprias jaulas? Não é de fato estranho que aqueles que mais procurem a liberdade nesses termos sejam justamente os que mais se emaranhem nessa teia demoníaca, nesse labirinto minotáurico?
Por que isso acontece?
Isso acontece por uma de duas razões: Ou porque a liberdade é apenas uma idéia, um sonho e não existe objetivamente no campo das realidades. Ou então porque aquilo que chamamos de liberdade é alguma outra coisa qualquer e não a liberdade em seu sentido essencial, substantivo, real. "Mas que importa?" Diria algum livre... "Importa o que concebemos e não o que é!"
É evidente que a segunda hipótese corresponde à razão real do problema. Nosso conceito de liberdade nada ou pouquíssimo tem a ver com o que seja liberdade de fato. Basta que observemos (nem precisamos sair de nós mesmos para tal exercício) - Tantas e tantas vezes lutamos e alcançamos a alforria, mas aí então...? O que fazemos? Qual será o próximo passo? O que faremos com a nossa conquista?
É lamentável, mas, em geral, não sabemos a resposta - houvéramos lutado por nada? Corrido atrás do vento? Ou o produto é que não correspondeu à embalagem? Sabemos sempre de cor o primeiro passo: Lutar pela liberdade! Mas o segundo... O que fazer com ela...? Não pensamos nisso ainda! E justamente por isso é que, em geral, nos voltamos aos antigos donos ou procuramos algum outro que nos pareça melhor.
Isso tudo nos mostra que há uma paralaxe entre a noção cultural que temos sobre a liberdade e o que ela de fato é - temos a idéia de que uma pessoa livre seja aquela que faz o que lhe aprouver, porém um simples caminhar nessa trilha de pensamento é suficiente para nos mostrar, já no segundo ou terceiro passo, de que essa idéia é totalmente absurda - somos seres limitados, frágeis, falíveis e vulneráveis diante de quase tudo, seres sem plenitude em nós mesmos - e eu não estou aqui depreciando o ser humano! Jamais faria isso! - como é que podemos supor que o produto imediato ao exercício da liberdade pela qual tanto lutamos seja a felicidade? Geralmente não é! Raramente é!
Quero recorrer aqui a algo que o Apóstolo Pedro escreveu em sua segunda carta:
2Pedro 2: 18 porquanto, proferindo palavras jactanciosas de vaidade, engodam com paixões carnais, por suas libertinagens, aqueles que estavam prestes a fugir dos que andam no erro, 19 prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção, pois aquele que é vencido fica escravo do vencedor.
Ual! Contundente! Auto explicante!
Não obstante temos doutro lado, um Deus que nos convida à liberdade - à verdadeira liberdade. O Apóstolo Paulo falando em Seu nome diz:
Gálatas 5: 1 Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.
Ual again!
É evidente que essa liberdade de que Paulo fala é a liberdade que é de fato e que só existe e subsiste no próprio Deus por ser Ele a sua fonte!
Logo, inversamente ao que se apelida como liberdade em nossos constructos como sendo a autonomia delinquente, desordenada e sem critérios das nossas ações, a liberdade real e concreta consiste em submeter-se voluntariamente ao bem, à verdade, à vida. Nesse estrito sentido, liberdade é ser escravo das boas escolhas
Bem. Novamente me vejo com muito mais coisas a discorrer e poco tempo para fazê-lo. Se Deus permitir voltaremos a esse assunto e o abordaremos em diversos outros aspectos uma vez que somos livres para parar quando se deve parar e retomar quando for oportuno!
Tenham todos um ótimo dia em nome de Jesus!
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