quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O Show Já Terminou, Mas Calma... Temos a Vida!

Bom dia!

Pronto! Começou!

O tão esperado virar do calendário, a tão falada mágica do ano novo;
Fogos estouraram nos céus e na terra votos de um ano melhor;
Shows musicais por todos os lados - na Paulista, Em Copacabana Beach, Na Tour Eiffel, Na Times Square;
Rolhas voaram próximas às cabeças e as calças brancas desfilaram;

Como eu previra, as árvores de nada disso souberam, apenas nós, os que aprendemos a contar o tempo e, para nós, tudo o que até ontem era expectativa, hoje é a lembrança da festa. Como se diz - o show já terminou! Mal calma, alto lá! Não fechem ainda as cortinas...;
O show terminou, mas ainda temos a realidade, temos a vida, de onde aliás jamais saímos, apenas em pensamento e por um pouco... Agora temos a vida!
E se nos faz bem pensarmos num ano novo como uma página em branco, então pensemos bem - o que é que vamos escrever nela? Sim amigo! Seremos nós os protagonistas da nossa história, os agentes do nosso ano;
Quanto às boas palavras, as ajudas, os apoios...? Todas essas coisas serão ferramentas das quais devemos dispor com sabedoria e gratidão, são ferramentas, não substitutos de nós mesmos - não podemos sair da cena e pensar que a vida seguirá por nós, seguirá, mas não pra nós!

Se o show terminou e agora temos a vida, então se alegre - temos a melhor parte, aquela que Deus nos deu e para a qual espera que façamos bom uso!

Se vale alguma dica prática é esta: Não faça uma lista enorme de planos mirabolantes como ficar rico, perder cinquenta quilos e coisas assim. Ao invés disso, invista na realidade, em parceria com Deus. Sabe como? Aquelas coisas recorrentes que geraram incômodo em seu coração, que voltavam e voltavam à sua alma em forma de apelo, de implementações, de mudanças... eis aí a voz de Deus! Faça! Apenas faça! Não prometa, faça!
Duas ou três coisas já serão grandes coisas - sejam em seu comportamento, reações, pré disposições, o que seja! Para as que forem possíveis fazer por conta própria, faça, para as que não, procure ajuda de quem já venceu!

Deus será com você! Deus será conosco!

Feliz Ano Novo!


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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Feliz Ano? Novo?









Bom dia!

Chegamos!

Pelo menos nós, seres humanos que temos a consciência e a contagem do tempo chegamos ao último dia do ano. Digo isto porque para as árvores por exemplo, nada muda entre o último dia de um ano e o primeiro de outro, tampouco para as aves, ou as minhocas, ou lagartixas, ou para o vento, todos continuam a sua marcha - la nave va - a vida segue. 

Para nós entretanto, tudo muda, tudo é diferente. E por que? Porque pensamos, projetamos expectativas, sonhos - alguns deles nascidos de autenticidades em nós, outros, simplesmente refletindo o inconsciente coletivo. Justamente por isso usei para o título deste Pão do Dia uma provocação, uma pergunta (aliás duas) Feliz Ano? Novo? 

Por favor não me entendam mal, é claro que eu quero que este próximo ano seja feliz, ou que nós sejamos felizes nele. É claro que desejo que seja novo em termos do que viveremos nesse período que vem, ser-me-ia muitíssimo mais fácil (talvez mais simpático) escrever simplesmente a mensagem padrão "Feliz Ano Novo", mas optei pela reflexão e a minha provocação é ao nosso raciocínio, à nossa inteligência, ao nosso coração:

O que é que nos faz pensar que o ano será feliz? Que ele será novo? 

Simplesmente porque o calendário vira? Calendário que aliás nem sempre foi esse que temos, que criamos apenas para a nossa orientação no tempo - o calendário não é uma coisa real, é apenas uma idéia abstrata;

Então vamos lá! O que nos faz pensar que o ano será feliz e que será novo? 

Nosso otimismo? Nossa vontade de que seja? Nossa necessidade angustiada de que seja? Nossos votos sinceros? Nossas palavras imantadas a projetar coisas boas? ... O que? 

A Palavra de Deus nos diz o seguinte: 


Isaías 3: 10 Dizei aos justos que bem lhes irá; porque comerão do fruto das suas ações. 11 Ai do perverso! Mal lhe irá; porque a sua paga será o que as suas próprias mãos fizeram.


Eis aí a verdade do que viveremos em 2016 - o fruto das nossas ações. Eis aí mais do que votos, certeza, tanto para justos quanto para perversos: viveremos o fruto das nossas ações! 

Mas quanto aos planos e propósitos de Deus? E quanto as intempéries? As surpresas da vida? 
Sim, existem, mas são imponderáveis! Sobre essas coisas não podemos fazer planos, mas sobre as nossas ações... Ah, sobre essas sim! Está 100% em nossas mãos dentro do que nos cabe - e nos cabe muito - o termos um Ano Feliz e Novo;

Se de um lado os prognósticos são desalentadores e de outro o otimismo quase utópico, saiba que não estamos fadados a vivermos nem o primeiro e nem o segundo, mas o que estivermos dispostos a construir com a ajuda de Deus;

Portanto se vale pra alguma coisa esse nosso diferencial humano de raciocinar, arrazoar e refletir, que o dia de hoje seja dedicado a isso - a olharmos com honestidade para nós mesmos, deixarmos lado a procura por culpados, descobrirmos em que devemos melhorar nosso interior, nossos comportamentos e nossas ações e nos propormos a fazê-lo desde já! Deste modo poderemos prever o futuro tanto quanto o semeador prevê sua colheita. E quanto a mim, posso desejar agora, de todo o meu coração: FELIZ ANO NOVO! 


Deus te abençoe! 




CHEGAMOS JUNTOS AO FINAL DE MAIS UM ANO. COMPARTILHE ESSA MENSAGEM COM QUEM VOCÊ GOSTA E VAMOS MULTIPLICAR O PÃO!

FELIZ ANO TODO!







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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Pão do Dia - Não Fique no Meio do Caminho!




Bom dia;

Tenho procurado compreender e aplicar as palavras de Jesus em camadas mais profundas do que aquelas em que superficial e obviamente elas se aplicam. Isto tenho feito a partir do pressuposto de que sedo Jesus Deus e não apenas um bom homem que andou entre nós, em cada um de Seus gestos e ensinamentos existem mistérios, chaves e segredos inesgotáveis para a vida humana sob o ponto de vista existencial, uma vez que não viemos do maço de alface, mas de Seu coração;

Jesus disse aos Seus discípulos : 

Mateus 6: 24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.

Perceba que os termos empregados aqui são existenciais - Jesus não disse "não sirvam a dois senhores", como a ordem de um Senhor ciumento em detrimento de outros, não! Ele disse que "ninguém pode fazer isso" - não se trata de uma proibição, mas de uma constatação. Ora, o aplicativo dessa constatação é que qualquer que intente lançar-se ao mesmo tempo em duas frentes em termos da entrega de seu coração, fadado estará ao fracasso de seu objeto além de enganar-se supondo amar a duas coisas antagônicas quando de fato não ama a nenhuma delas. Em outras palavras, não tente dividir seu coração entre dois amores! 

Aqui entendemos também a radicalidade das palavras de Elias aos israelitas  quando lhes asseverou: 

1 Reis 18: 21 "...Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o".

Elias não estava usando qualquer figura de linguagem, ao contrário, era literal o que dizia. Não se tratava de uma frase retórica no sentido de fazer com que as pessoas se voltassem todas a Deus. Não! Antes o que dizia era no sentido mais prático e literal possível - no sentido de que as pessoas tomassem uma posição de integralidade interior, fosse qual fosse essa posição, por Deus ou por Baal (ainda que este segundo não fosse deus), que saíssem do estado de covardia medíocre de seus corações divididos os quais, por não tomarem posição pretendiam ser "tudo" e descobriam-se de repente "nada" - nem Deus nem Baal!

O que Jesus quis dizer é que quem anda assim dividido não está dum lado nem do outro, não ama nem o sol e nem a lua, nem o dia e tampouco a noite, Deus e tampouco o que seja o Seu oposto. Quem coxeava nos dias de Elais pensando que usufruís de Deus e de Baal, enganava-se, não tinha de fato nenhum dos dois - Elias disse, decidam-se por um! 

Encontramos semelhante asserção feita pelo Espirito de Jesus à igreja de Laodicéia: 

Apocalipse 3: 15 Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! 16 Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca;

O aplicativo desse ensinamento de Jesus me diz muito além do fato de que Ele é o Senhor e que deva ser servido. Me diz que tenho que buscar a integralidade em meu interior, a inteireza da minha personalidade, saber quem sou, assumir-me a partir do ponto da verdade que se revele em mim e só a partir daí empreender qualquer mudança;

Esse aplicativo ao ensinamento de Jesus é tão pivotal nos dias em que vivemos ou mais do que quando Jesus o pronunciou há mais de 2 mil anos. Em geral as pessoas não se conhecem, não sabe em quem são, não sabem qual é a sua voz real e por isso andam divididas entre agradar aos outros e serem honestas consigo mesmas, divididas entre a reputação e a verdade interior, entre os clamores e expectativas externas e as de suas próprias consciências; 

A mensagem de Jesus neste aplicativo de hoje é: Ninguém pode amar pela metade, com meio coração, com meia vida, isso é inaceitável a quem quer que receba esse amor, seja o outro, a vida, Deus ou nós mesmos. Só se pode amar com a vida inteira, com o coração todo, com o ser completo. Quem quer que fique no meio do caminho será atropelado pela existência!

A mensagem é: Busque a inteireza. Ouse, decida-se, erre se for o caso, mas não aceite o esconderijo do medo, da covardia, da apatia. Vá para a vida, ponha o pé no caminho e não pare no meio dele. Viver é vencer, mas é perder também, é rir, mas também chorar as vezes, errar faz parte do processo, Deus já conta com isso e, enquanto estivermos no caminho andemos, nos arrependamos do que for preciso, caiamos e levantemos... Apenas não paremos no meio do caminho! 

Ótimo dia em nome de Jesus!




ESPERO QUE ESTE PÃO DO DIA TENHA FEITO ALGUMA DIFERENÇA PARA O BEM EM SEU DIA. SE FOI ASSIM, COMPARTILHE PELO FACEBOOK OU PELOS OUTROS CANAIS A OUTRAS PESSOAS QUE VOCÊ GOSTA 










segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Pão do Dia - Ponha o Coração na Vida!




Bom dia amigos queridos; 

Existe um fator que assola ao ser humano e lhe gera imensas crises existenciais: É a desassociação de seu coração, de sua alma nas coisas que faz. Nesta era moderna em que vivemos somos impelidos cada vez mais a desempenhar papéis sociais e tarefas que mui raramente têm a ver com os anseios da nossa alma, com a nossa identidade interior. É mais ou menos como se tivéssemos que ser duas pessoas - uma por dentro e uma por fora - não raramente a de dentro vai se auto sublimando a fim de aumentar o desempenho cada vez mais premente para as coisas "práticas" da vida. Ora, é evidente, quase matemático que esse descompasso ocasionará um vazio, um oco existencial absolutamente impreenchível de sentido tanto mais quanto se multipliquem do lado de fora as tarefas; 

Veja o que se diz sobre isso em Provérbios (um livro de conselhos e sabedoria): 


Provérbios 23: 6 Não comas o pão do invejoso, nem cobices os seus delicados manjares. 7 Porque, como imagina em sua alma, assim ele é; ele te diz: Come e bebe; mas o seu coração não está contigo.


Aqui se está retratando um homem enganador que dizendo palavras lisonjeiras, seu coração não está com ele, indicando com isso que o que diz é falso, é o oposto do que carrega em seu coração. Porém apliquemos este mesmo princípio a contextos mais amplos das nossas vidas: 

_ Quantas coisas em sua vida são feitas assim? Você diz, faz, mas o seu coração não está presente?  
_ Quantas coisas não passam de convencionalismos - necessários na vida prática - mas que nada tem a ver com seu EU verdadeiro? 
_ Quantos sorrisos que deveriam simplesmente não ser dados? 
_ Quantas tarefas que ao invés de preencher só fazem aumentar o rombo interior cada vez mais distanciar você de você? 

E por fim, o que sobra? 
O vazio de sentido e uma dúvida irrespondível: Quem sou eu afinal? O que penso, o que sonho, ou simplesmente as coisas que faço e as tarefas que executo? 
Vermos nossas vidas reduzidas à coisas, à resultados, à desempenhos que satisfaçam expectativas mil... Tudo isso é deprimente! 

Mas o que fazer uma vez que vivemos no mundo em que vivemos e as coisas são de fato assim? 
É fato que a plenitude da nossa condição real não se manifestará nesta vida imperfeita, entretanto, podemos fazer algumas coisas para melhorarmos em muito a nossa qualidade de vida interior. 

Eis algumas coisas que podemos fazer para colocarmos o coração na vida: 

1) Procurarmos não perder a conexão com o nosso ser real - nunca deixe de raciocinar nas coisas que você faz ou desempenha, classifique o tempo todo, pese, valore, atribua certo, dai a césar o que é de césar e a Deus o que é de Deus e não confunda as coisas, não confunda o palco com a vida real;


2) Procurarmos ser o mais honestamente autêntico que pudermos diante de tudo e todos, salvaguardando apenas e com sabedoria o que nos recomenda a mesma sabedoria - que o nosso excesso de zelo e de justiça que se dá em forma de preciosismo, não nos venha a destruir (Ec 7: 16); 


3) Sermos absolutamente honestos conosco mesmo e perante Deus em todo o tempo e sem restrições


4) Falarmos sozinhos - falarmos sempre conosco sobre a nossa própria verdade e com a nossa própria voz. Contarmos a nossa história para nós mesmos. Há uns versos do poeta Antônio Machado que gosto muito:
Converso con el hombre que siempre va conmigo
-quien habla solo espera hablar a Dios un día-
mi soliloquio es plática con este buen amigo

Ou seja:
Converso com um homem que sempre anda comigo;
Quem fala a si mesmo espera falar a Deus um dia; 
Meu diálogo solitário é o que pratico com este bom amigo

Converse consigo mesmo, não omita você de você!


5) Alimentarmos a nossa alma sempre do que é bom 
Se a prática do dia a dia nos obriga o trafegarmos na superfície das autenticidades onde o alimento da alma é escasso, mergulhemos por conta própria e com ânsia vital nos alimentos que não nos deixará naufragados nessas águas sem plâncton

Com que é que se alimenta a alma? 

I) Com alimentos externos - nosso mais importante e mais vital alimento é a Palavra de Deus, sobretudo os evangelhos que desnudam Jesus sem simbologias - ele é vital porque não nos fornece um conjunto de regras e ensinamentos pelos quais nos tornaremos bons cidadãos ou bons religiosos. Não! Deus nos livre! O que ele nos fornece são chaves existenciais por intermédio da Pessoa de Jesus Cristo e por quem aprendemos a viver 

II) Com alimentos internos - a retroalimentação - são os pensamentos dos quais nos alimentamos. Não digo aqueles que passam ao longo do dia em nossas mentes, mas os que se fixam pela nossa adesão a eles. Quanto a isso Paulo nos diz (Filipenses 4: 8) que apenas as coisas que são de fato boas, ocupem lugar em nosso pensamento como forma de nutrientes da alma;  


6) Olharmos no espelho todos os dias 
Isto digo metaforicamente. Olhar no espelho é olhar-se na única superfície reflexiva na qual inequivocamente você terá a resposta de quem é - esse espelho é Jesus. Jesus é o único que pode nos dizer com absoluta exatidão quem somos de fato (2 Coríntios 3: 18) e partir disso, estabelecer a relação nossa conosco mesmo! 


É verdade que este mundo em que vivemos não ajuda em nada o termos o coração e a vida juntos no mesmo lugar, mas prestando atenção à nossa própria alma e assim fazendo, colocaremos o coração na vida e por conseguinte não teremos mais uma vida vazia de sentido nem um coração vazio de vida! 



Deus te abençoe! 



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domingo, 27 de dezembro de 2015

Pão do Dia - Não Arranqueis o Joio






Bom dia; 

A base do nosso Pão do Dia de hoje é a parábola proferida por Jesus e conhecida como a parábola do joio e do trigo: 


Mateus 13: 24 Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; 25 mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se. 26 E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio. 27 Então, vindo os servos do dono da casa, lhe disseram: Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio? 28 Ele, porém, lhes respondeu: Um inimigo fez isso. Mas os servos lhe perguntaram: Queres que vamos e arranquemos o joio? 29 Não! Replicou ele, para que, ao separar o joio, não arranqueis também com ele o trigo. 30 Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro.


Inúmeros são os aspectos e nuances dessa parábola e em havendo inspiração para tal, poderemos voltar e voltar a cada um deles, hoje, porém, quero me ater apenas a um aspecto: O da proibição veemente e enigmática de Jesus face à pretensão de homens bons e fiéis (diga-se de passagem) de arrancarem o joio.

Trigo na parábola é o bom - refere-se aos bons, sinceros de coração e que praticam o bem, que são pão como produto final de suas vidas à outras existências - esse é o trigo, aquele que faz de sua vida alimento, aquele que é bom e útil;

O joio por sua vez, semelhante que é em aparência com o trigo, representa o mau, - refere-se aos insinceros, que praticam o mal seja pela ação ativa ou pela omissão absoluta em praticar o bem - são inócuos ou maléficos em relação à outras existências - esse é o joio, passa-se por trigo, porém a ninguém alimenta porque não é alimento em si mesmo, antes parasita a terra;

Os homens que quiseram arrancar o joio podem ser em determinados momentos e circunstâncias qualquer um de nós - pessoas que, pretendendo-se boas e imbuídas das melhores intenções desejem preservar o bom, arrancando o que mau, que persuadidas de justicismo estejam dispostas até a sacrifícios na defesa do que supõe ser o trigo;

Contudo a parábola do joio e do trigo nos mostra o que Deus pensa a respeito desse nosso impulso de "fazer o bem" não importando os custos envolvidos, os efeitos colaterais - à essa nossa pulsão justiceira Ele diz não! 
Isso lhe parece estranho? Em que Deus recuse guerreiros dispostos a fazer o que for preciso? Que Deus desaliste cruzados voluntariamente arregimentados? Que Deus não queira homens bombas ou camicazes que em Seu nome façam "o que for preciso"? 

Jesus diz que não se arranque o trigo por diversas razões. Eis algumas delas: 

1) Porque não discernimos para além das impressões, não enxergamos como Deus os corações e pensamentos humanos e não temos portanto a habilidade necessária para fazer tal separação;

2) Porque é presunçoso da parte de quem quer que seja o por-se em posição de afastamento tal da humanidade decaída que lhe permita ter o ponto de vista que seria necessário para julga-la de forma isenta. Isso é impossível ao homem, pois fazemos parte das coisas que condenamos e delas só somos livres pela graça de Deus. Ademais essa posição não nos cabe, mas apenas a Deus; 

3) Porque o joio pode ainda tornar-se trigo - esse é o clamor do coração de Jesus, assim como deve ser também o de todos os que O tem;

4) Porque na tentativa de arrancar o joio, somos tomados pouco a pouco e, na maior parte dos casos, imperceptivelmente de ódios, rancores, justiça própria; arrogância e, por fim, cinismo - corremos o risco de nos tornarmos em joio infinitamente mais diabólico do que aquele que a princípio pretendíamos assepsiar;

5) Porque muito trigo pode vir a ser arrancado juntamente com o joio em virtude da nossa insensibilidade elefantina e isso, para Deus já seria o suficiente, pois a vida e a preservação do que é o bom são mais importantes para Ele do que a extirpação do que seja mau   

Nós poderíamos listar ainda dezenas e dezenas de razões pelas quais Jesus disse "não" à boa intenção de arrancar o joio, mas o fato é que o "não" de Jesus é cabal nesse assunto e, diante dele, o que fazer com nossas pulsões justiceiras? com nosso senso e arcabouço de princípios? 
Devemos fazer NADA! 
Exatamente isto: NADA!
NADA, exceto termos mansidão e humildade para entendermos as implicações preservativas do "não"de Jesus. Aprendermos a esperar pacientemente no Senhor a fim de que única e verdadeira justiça - a Dele - venha e se manifeste em amor. Nos esvaziarmos de razões inflantes e nos enchermos da alegria pacificada que sabe que Ele sabe o que faz! 


Deus te abençoe! 





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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Pão do Dia - Feliz Natal




Bom dia irmãos e amigos queridos;

Antes de mais nada quero desejar com todo meu coração um feliz natal a você que esteve junto comigo na partilha deste pão ao longo do ano, por alguns meses, ou por alguns dias, não importa;
Hoje é o dia em que normalmente fazemos uma ceia de natal, reunimos familiares, amigos, pessoas queridas e celebramos - comemos, bebemos, rimos e nos alegramos, porém, no meio disso tudo é possível que nos esqueçamos do real motivo e o sentido verdadeiro do natal; 

Paulo, referindo-se ao Reino de Deus disse (Romanos 14): "O reino de Deus não é comida nem bebida, mas alegria, paz e justiça no Espírito Santo"

O Reino de Deus a que Paulo se refere é aquele pelo qual temos o maior e mais sólido motivo para celebrar. É aquele do qual os anjos falaram aos pastores no campo dizendo: "Trazemos boas novas"! 

Natal é isso! É a boa nova, eterna, perene. A boa nova que consiste na história de uma raça - a raça humana - que resolvendo seguir seus próprios caminhos, emaranhou-se num labirinto absolutamente sem saída, viu-se enferma e sem salvação e, a esse povo que andava em trevas, não se cogitava, resplandeceu a luz, a luz que vinda ao mundo ilumina a todo homem. 

O que tinha acontecido? E que luz foi que essa que brilhou a até hoje brilha? 
Foi a luz de Deus, o Deus todo poderoso e Criador de todas as coisas que vendo desde o céu que o homem a quem Ele criara e tentara incansavelmente conduzir à vida, e, havendo esse se recusado por todos os meios a ouvi-Lo, chegando por fim a perder-se irremediavelmente, ESTE mesmo Deus, num ato extremado de amor, deixa Sua própria glória, esvazia-se de si mesmo e se faz homem, Ele mesmo, para remir como homem ao homem. Deus se fez carne! (João 1)

Eis a boa nova! 
Deus se fez carne e continua num ato eterno fazendo-se carne e habitando a natureza de quem quer que ouvindo a Sua voz, abra as portas do seu coração, da sua vida para que seja inundada pela VIDA, pela LUZ, pela BOA NOVA!

A boa nova é que a luz veio ao mundo, pois o mundo não poderia mais ir a ela

Hoje celebre o natal com seus amigos, coma, beba e se alegre, mas por favor, não se alegre pouco, não se alegre apenas na alegria da comida especial ou da bebida que alegra, pois o Reino de Deus, razão da concreta alegria, este não é comida nem bebida. Alegre-se portanto muito mais, alegre-se porque o Verbo se fez carne, alegre-se porque a vida veio aos mortos, porque as trevas se dissiparam, alegre-se em receber a LUZ, alegre-se por ter JESUS

Feliz Natal!



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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Pão do Dia - VIDA? Ou vida?

VIDA? Ou vida? 



As palavras são as mesmas, os mesmos sons, letras e sequencia de letras, talvez até se encaixem gramaticalmente nos mesmos contextos, nos mesmos enredos, entretanto quero propor a você a seguinte reflexão: VIDA ou vida? Que tipo de vida é a sua? Em que tipo de vida você acredita? Qual vida almeja para si? 

Antes de prosseguir expondo a diferença entre VIDA e vida, quero me valer deste axioma de Jesus. Ele disse: 

João 10: 9 Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem. 10 O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.


E outro: 

João 14: 5 Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho? 6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.


E ainda outro (este falado a Seu respeito e não propriamente por Ele): 


1João 5: 12 Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.



O que se nota nessas três enunciações ineludíveis é que a palavra vida, diferentemente de como a usamos na modernidade referindo-nos a ela como um estado em que um ser existe, ou apenas como sinônimo de existência, é aqui aplicada a uma pessoa, à pessoa de Jesus! Falando d'outro modo: Vida, segundo Jesus não é um estado do ser, mas é uma pessoa, a Sua própria pessoa, o próprio Jesus!
Isso significa que só Nele há vida e que todos os conceitos e visões que não concebam a vida levando em conta essa dimensão estão completamente equivocadas!  
Ual! Isto é chocante, revolucionário! Isto muda tudo! 

Vida, numa concepção meramente biológica nós a temos e não sabemos bem como, aliás não apenas nós, também os ratos, as minhocas, as amebas, os macacos e as pulgas! 
O que decorre do ato de "viver" segundo essa perspectiva restrita (no caso humano) é ver-se constantemente buscando sentidos na "vida", tentando entender a todo custo o que significa de verdade o ato de acordar, respirar, trabalhar, não trabalhar, amar, odiar, sofrer, pensar, filosofar, orar, crer! Há uma certa intuição que nos diz repetidamente que deve haver algum sentido nas coisas aparentemente triviais, ao mesmo tempo esse sentido não se acha... Angústia!  
Não há sentido porque o sentido não estão nas coisas em si mesmas - nunca está, em nenhuma delas -, o sentido está na própria vida e não nos atos que dela decorrem e que comumente confundimos como sendo ela própria. O sentido está na vida, mas se a premissa da vida está equivocada, se temos por vida o que de fato não é, logo não haverá jamais coisas certas, atos gloriosos que bastem para compensar o vazio! Daí entendermos pessoas de "sucesso" e deprimidas. Daí entendermos pessoas que tem um lar perfeito, vazias e solitárias... é a vida (ou a falta dela)! 

Dessarte nos é premente entendermos como vida o que de fato seja Vida! 
Olhe de novo para as afirmativas de Jesus! 
Você acha mesmo que alguém por doido megalômano que fosse, afirmaria peremptoriamente como Jesus afirmou coisas do tipo "Eu sou a vida", ou "Eu vim dar vida em abundância"? 

É evidente, lógico, racional e inteligente da nossa parte concluir que não! Não se tratava de um doido varrido, mas de alguém que por falar coisas que carregavam uma implicação tão grande, sabia exatamente o que dizia. E mais, se Ele sabia o que dizia, é certo que há um mistério a ser decifrado por cada um de nós, sem exceção, no tocante a redefinir o que entendemos por vida! 
É simples: Compare o que você entende por vida (comer, beber, trabalhar, respirar, etc) com as palavras cabais de Jesus "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância". 
Eu pergunto: Poderíamos dizer honestamente  que as duas coisas são a mesma? 
É claro que não! Se Jesus estivesse se referindo à vida como os atos do viver conforme já citamos, ou como um estado de um ser, logo Ele não estaria trazendo novidade alguma - todos os que ouviram e ouvem até hoje Suas palavras já possuíam ou possuem essa vida. Logo Ele fala de outra coisa quando diz VIDA! 
E buscar o entendimento sobre que "outra coisa" é essa, me parece ser a missão número um de cada ser humano, pois qualquer outra coisa decorrerá desse princípio! 

Bem, por hoje paramos aqui;
Há muito que se pensar, que se perguntar, que buscar em Deus! 
Façamos isso por hoje e amanhã o tema continua! 


Deus abençoe a todos em nome da VIDA! 


  
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Pão do Dia - Aprenda a Mensurar e a Pesar as Coisas - Parte 2


Bom dia; 


Hoje gostaria de refletir com você acerca de algo que tenho aprendido um pouco mais a cada dia: Sobre identificar em mim mesmo o que sejam subjetividades e o que sejam objetividades e, identificando devidamente essas duas diferentes dimensões nas coisas que me acontecem, tenho aprendido por fim a valorar devidamente cada coisa, colocando-as sob as proporções adequadas e dando a elas suas exatas dimensões; 

Esse exercício é bastante laborioso porque nos requer o sairmos de nós mesmos no sentido de não mais avaliarmos as coisas a partir do tanto que nos afetem, mas antes por sua real importância, relevância e mesmo existência num universo que nos abarca e que vai muito além de nós mesmos. Digo "existência" porque de fato, certas coisas existem exclusivamente em nós - não podem ser percebidas nem mesmo comunicadas, apenas sentidas e pensadas! 

Todos nós em dado momento já nos vimos perplexos diante da constatação de que muitas coisas que são sentidas por nós com uma veemência arrebatadora, passem absolutamente incólumes ao nosso exterior mais imediato - às pessoas que estão bem ao nosso lado - coisas que nada representam - repito: sequer existem, exceto para nós mesmos, os que as pensamos e sentimos. Afetações que em nós tem a proporção de um Etna ao mesmo tempo que para o mundo externo à nossa cabeça é algo absolutamente imperceptível. 

Por que isso acontece? Por que essa enorme paralaxe de percepção? Essa discrepância quase ofensiva? 

É porque existem duas dimensões da realidade (na verdade existem muitas mais, mas refiro-me apenas a duas que são as percebidas por nós): A dimensão objetiva - aquela em que as coisas são o que são para qualquer pessoa, realidades comuns que qualquer pessoa pode aferir, e a dimensão subjetiva - aquela que se refere exclusivamente à nós, à maneira como sentimos as coisas;

E é justamente nesse ponto que a confusão generalizada se instala, pois habitualmente tomamos realidades subjetivas como se fossem objetivas, normas universais pelas quais o universo devesse ser regido. Julgamos um verdadeiro absurdo, objeto da nossa mais inquebrantável indignação o fato de que alguém - pasmem - não corresponda com exatidão às expectativas e projeções geradas a partir do nosso emocional (aliás, nem sempre equilibrado). Em suma, confundimos o subjetivo com o objetivo e queremos a qualquer custo que as nossas subjetividades sejam o padrão pelo qual tudo deva ser medido. 


_ Esse é o caso do ciumento - que imagina, projeta, sofre, desconfia, faz o diabo e supõe, num surto absolutamente fora da realidade, que o outro, objeto desse ciúme deva curvar-se à lógica ilógica da irracionalidade total, simplesmente porque assim ele sente as coisas. O ciúme não se refere a um fato objetivo, mas a um conjunto de sentimentos como insegurança, baixa auto-estima, portado pelo que sente o ciúme;
_ A inveja ídem;
_ O medo então... 

Poderíamos ficar indefinidamente dando exemplos, sem que os esgotássemos! 




PARTE 2


Quando isso acontece perdemos a real medida das coisas, o verdadeiro senso de proporções e a irrefragável ordem da realidade - as coisas só são o que são e pronto! 

É evidente que as coisas que são objetivamente verdadeiras têm (ou devem ter) absoluta primazia sobre as que existem apenas dentro de nós e que essa segunda deve curva-se sem titubeios ante a primeira na mais absoluta sujeição consciente de qual delas é que rege a ordem das coisas; 

Não é questão de sonhar mais, indignar-se mais, projetar mais. Não! Neste caso é ainda pior entregar-se às próprias subjetividades! O que se deve fazer é enxergar as coisas pelos olhos do mundo e não pelos nossos. Abandonar toda e qualquer falsa esperança sem alicerces e oriundas apenas dos nossos próprios desejos e concepções e passar a encarar as coisas simplesmente como elas são, afinal, como muitos de nós já percebemos às duras penas (e mais de uma vez), a realidade - pasmem de novo - não se curvará à nossa visão romântica ou distorcida das coisas, nós é que temos que nos curvar à realidade. Em outras palavras, não acontecerá o que acontece em nossa cabeça, acontecerá o que acontecerá! 

O que que se deve saber é atribuir valor, importância, peso e medida às coisas que sentimos - sendo elas objetivas, coisas que se referem à realidade concreta dos fatos, não há que se desprezar os fatos e tais coisas devem então ganhar um determinado peso. Se, ao contrário, detectamos que o que estamos pensando ou sentindo tem a ver apenas conosco, com as nossas percepções e não tem conexões com a a realidade objetiva que possibilite a concreção do que está em nós, o seu peso evidentemente não pode ser o mesmo, antes, tenhamos essas coisas guardadas apenas no plano das nossas percepções, nada mais! 

Termino assegurando uma coisa: Ainda que pareça, minha intensão não é a de chocar quem quer que seja dizendo o que digo. A realidade dos fato é que é chocante em si mesma e não as minhas palavras - chocante tanto quanto mais sejamos seres subjetivados. Outrossim, que fique claro, não é com qualquer tom professoral que digo o que digo. Digo como quem aprende, assim como tantos que aprendem - que também digam o que aprendem. Sou tão aluno na escola desta vida quanto quem me lê, apenas que tive a graça de poder expor as coisas como as exponho agora, mas isso não faz de mim menos aluno;

Aqui está uma lição - não minha -, do mundo, da vida, de Deus a quantos queiram apender o que seja: 


"Examine-se o homem a si mesmo" instilado tão enfaticamente por Paulo (1Co 11: 28). Mas que ao examinar-se, que o faça não somente a partir de si mesmo, mas levando em conta a realidade que o abarca, comparando-se a si mesmo e aos seus pensamentos com as implicações destes no que vá para além de si mesmo! 



Que Deus te abençoe e te guie na jornada! 





O PÃO DO DIA TEM COMO ÚNICO OBJETIVO EDIFICAR O DIA E A VIDA DE PESSOAS. SE TEM FEITO ALGUM BEM A VOCÊ, MULTIPLIQUE ESTE PÃO TRANSMITINDO A OUTRAS PESSOAS. NOSSOS CANAIS ESTÃO LOGO ABAIXO. DEUS TE ABENÇOE! 









domingo, 20 de dezembro de 2015

Pão do Dia - Aprenda a Dimensionar e a Pesar as Coisas - Parte 1


Bom dia; 


Hoje gostaria de refletir com você acerca de algo que tenho aprendido um pouco mais a cada dia: Sobre identificar em mim mesmo o que sejam subjetividades e o que sejam objetividades e, identificando devidamente essas duas diferentes dimensões nas coisas que me acontecem, tenho aprendido por fim a valorar devidamente cada coisa, colocando-as sob as proporções adequadas e dando a elas suas exatas dimensões; 

Esse exercício é bastante laborioso porque nos requer o sairmos de nós mesmos no sentido de não mais avaliarmos as coisas a partir do tanto que nos afetem, mas antes por sua real importância, relevância e mesmo existência num universo que nos abarca e que vai muito além de nós mesmos. Digo "existência" porque de fato, certas coisas existem exclusivamente em nós - não podem ser percebidas nem mesmo comunicadas, apenas sentidas e pensadas! 

Todos nós em dado momento já nos vimos perplexos diante da constatação de que muitas coisas que são sentidas por nós com uma veemência arrebatadora, passem absolutamente incólumes ao nosso exterior mais imediato - às pessoas que estão bem ao nosso lado - coisas que nada representam - repito: sequer existem, exceto para nós mesmos, os que as pensamos e sentimos. Afetações que em nós tem a proporção de um Etna ao mesmo tempo que para o mundo externo à nossa cabeça é algo absolutamente imperceptível. 

Por que isso acontece? Por que essa enorme paralaxe de percepção? Essa discrepância quase ofensiva? 

É porque existem duas dimensões da realidade (na verdade existem muitas mais, mas refiro-me apenas a duas que são as percebidas por nós): A dimensão objetiva - aquela em que as coisas são o que são para qualquer pessoa, realidades comuns que qualquer pessoa pode aferir, e a dimensão subjetiva - aquela que se refere exclusivamente à nós, à maneira como sentimos as coisas;

E é justamente nesse ponto que a confusão generalizada se instala, pois habitualmente tomamos realidades subjetivas como se fossem objetivas, normas universais pelas quais o universo devesse ser regido. Julgamos um verdadeiro absurdo, objeto da nossa mais inquebrantável indignação o fato de que alguém - pasmem - não corresponda com exatidão às expectativas e projeções geradas a partir do nosso emocional (aliás, nem sempre equilibrado). Em suma, confundimos o subjetivo com o objetivo e queremos a qualquer custo que as nossas subjetividades sejam o padrão pelo qual tudo deva ser medido. 


_ Esse é o caso do ciumento - que imagina, projeta, sofre, desconfia, faz o diabo e supõe, num surto absolutamente fora da realidade, que o outro, objeto desse ciúme deva curvar-se à lógica ilógica da irracionalidade total, simplesmente porque assim ele sente as coisas. O ciúme não se refere a um fato objetivo, mas a um conjunto de sentimentos como insegurança, baixa auto-estima, portado pelo que sente o ciúme;
_ A inveja ídem;
_ O medo então... 

Poderíamos ficar indefinidamente dando exemplos, sem que os esgotássemos! 



Quando isso acontece perdemos a real medida das coisas, o verdadeiro senso de proporções e a irrefragável ordem da realidade - as coisas só são o que são e pronto! 

É evidente que as coisas que são objetivamente verdadeiras têm (ou devem ter) absoluta primazia sobre as que existem apenas dentro de nós e que essa segunda deve curva-se sem titubeios ante a primeira na mais absoluta sujeição consciente de qual delas é que rege a ordem das coisas; 

Não é questão de sonhar mais, indignar-se mais, projetar mais. Não! Neste caso é ainda pior entregar-se às próprias subjetividades! O que se deve fazer é enxergar as coisas pelos olhos do mundo e não pelos nossos. Abandonar toda e qualquer falsa esperança sem alicerces e oriundas apenas dos nossos próprios desejos e concepções e passar a encarar as coisas simplesmente como elas são, afinal, como muitos de nós já percebemos às duras penas (e mais de uma vez), a realidade - pasmem de novo - não se curvará à nossa visão romântica ou distorcida das coisas, nós é que temos que nos curvar à realidade. Em outras palavras, não acontecerá o que acontece em nossa cabeça, acontecerá o que acontecerá! 

O que que se deve saber é atribuir valor, importância, peso e medida às coisas que sentimos - sendo elas objetivas, coisas que se referem à realidade concreta dos fatos, não há que se desprezar os fatos e tais coisas devem então ganhar um determinado peso. Se, ao contrário, detectamos que o que estamos pensando ou sentindo tem a ver apenas conosco, com as nossas percepções e não tem conexões com a a realidade objetiva que possibilite a concreção do que está em nós, o seu peso evidentemente não pode ser o mesmo, antes, tenhamos essas coisas guardadas apenas no plano das nossas percepções, nada mais! 

Termino assegurando uma coisa: Ainda que pareça, minha intensão não é a de chocar quem quer que seja dizendo o que digo. A realidade dos fato é que é chocante em si mesma e não as minhas palavras - chocante tanto quanto mais sejamos seres subjetivados. Outrossim, que fique claro, não é com qualquer tom professoral que digo o que digo. Digo como quem aprende, assim como tantos que aprendem - que também digam o que aprendem. Sou tão aluno na escola desta vida quanto quem me lê, apenas que tive a graça de poder expor as coisas como as exponho agora, mas isso não faz de mim menos aluno;

Aqui está uma lição - não minha -, do mundo, da vida, de Deus a quantos queiram apender o que seja: 


"Examine-se o homem a si mesmo" instilado tão enfaticamente por Paulo (1Co 11: 28). Mas que ao examinar-se, que o faça não somente a partir de si mesmo, mas levando em conta a realidade que o abarca, comparando-se a si mesmo e aos seus pensamentos com as implicações destes no que vá para além de si mesmo! 



Que Deus te abençoe e te guie na jornada! 




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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Pão do Dia - A Árvore Boa e a Árvore Má





Bom dia amigos;

Ouvi um dia desses a frase de um determinado filósofo - Kant, se não me falha a memória - que dizia o seguinte: "a natureza (ou premissa) de uma coisa é aquilo no que se tornou" e me pus a pensar no assunto.

_ Quer dizer então que algo sempre foi, independentemente ao que tenha aparentado, aquilo que ao final se demonstrou? Na concepção de Kant sim!

A ideía me pareceu a princípio extremista e pragmática, juntou-se a isso o fato de que poucos são os pensamento de Kant com os quais compartilho, esse, porém, em particular, depois do assombro inicial, chamou-me a e me pareceu bastante alinhado a algo que Jesus dissera - Ele dissera o seguinte:



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Mateus 7: 17 Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus.18 Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.19 Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.20 Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.
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O que isso quer dizer? 

Quer dizer que os resultados que a nossa vida produz, a despeito de visões subjetivas - sejam elas nossas ou de terceiros -, a despeito de sentimentos ou retóricas, são simplesmente concludentes, inatacáveis; 

É claro que isso nos remete a uma segunda camada do problema: _Se o resultado final (ou fruto) é algo irrefutável no tocante ao que demonstra a natureza daquele que o produz, e se aquilo em que uma coisa se torna é o que sempre foi, isso parece indicar que a natureza de algo (ou de alguém) deve ser algo inalterável, em outras palavras e aludindo ao adágio popular: "Pau que nasce torto, morre torto"... Será?  

Auto lá! Não é bem assim! 

É verdade que o fruto que a árvore  produz (e árvore neste contexto do evangelho se refere a pessoas) determina a sua natureza intrínseca. Isso porém não significa - e o mesmo evangelho o demonstra com clareza - que essa natureza não possa, pelo poder do novo nascimento e pelo exercício da escolha individual, ser totalmente transformada e, por conseguinte, passar a produzir frutos novos, diferentes e bons. Logo, cai o determinismo do "pau que nasce torto..." e com ele caem também as desculpas gabriélicas, as autocomiserações sem fim, os apontamentos para genealogias e hereditariedades intermináveis, cai o determinismo que permite o comodismo, o fatalismo, o entreguismo, e por fim, - que triste - o cinismo.


Quem quer que duvide que a árvore má que produz maus frutos pode tornar-se em árvore boa e passar a produzir o que é bom, que olhe para a vida de Zaqueu - aquele da música (e também da Bíblia, por acaso) - olhe para Saulo, ou, como é melhor conhecido, para Paulo. Que faça melhor, que olhe para si mesmo! Sim. Olhe pra você e observe: quantas coisas em você que eram o demonstrativo de fracassos existenciais e que pelo exercício consciente da vontade pela força imanente de Deus em cooperação com as suas escolhas , não foram transformadas em objetos de orgulho e alegria! Você é a prova viva de que a árvore má que produz maus frutos, pode transformar-se em boa árvore e passar a produzir frutos para a vida! Se assim não fora, qual seria o sentido da conclamação quase plangitiva de João Batista aos hipócritas quando dizia: "Produzi frutos dignos de arrependimento?"

O fato é que enquanto há vida há esperança - diz Eclesiastes 9. Nesta vida, tudo pode ser mudado - tanto o mau para o bom como também - e infelizmente - o bom para o mau. Sim, tudo pode ser mudado enquanto estivermos em curso na existência. E é este o ponto, que me parece, Kant não previu - a possibilidade da transformação da premissa, ou se percebeu, não nos falou, mas o evangelho, a boa nova sim: de que se a árvore boa produz bons frutos e a má, maus frutos, o poder regenerador do Espírito Santo que age na vontade e decisão humana possibilita que a árvore má (premissa) se transforme em boa;

Sendo assim amigos queridos, termino tomando emprestadas as palavras do Apóstolo - jamais em tom professoral, mas sim o de co-irmão tão carente desta graça (ou mais) quanto cada um que me lê: 

Romanos 12: 1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. 2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.


Que Deus te abençoe, te guie, ilumine, esclareça e fortaleça em todas as coisas, em cada ramo, folha, fruto ou folha. 


Ótimo dia a todos em nome de Jesus! 





EU ESPERO DE TODO O MEU CORAÇÃO 
QUE ESSA PALAVRA TENHA FEITO ALGUM BEM A VOCÊ E SE ESTE É O CASO EU PEÇO QUE VOCÊ A COMPARTILHE COM AS PESSOAS QUE VOCÊ QUER BEM
NOSSOS CANAIS SÃO: