Ontem assisti nos principais canais de notícias flashes sobre os protestos que ocorreram em todo o Brasil. Algo que me chamou demasiadamente a atenção foi o fato de que em nenhuma emissora abriu-se o microfone ao que estava sendo falado de fato nas nas passeatas, foram apenas imagens mudas de pessoas andando cobertas com narrações dos próprios apresentadores. Não sei mais alguém notou o detalhe, nem se isso foi tão estranho e evidente a mais alguém como o foi pra mim, o fato é que tal abordagem me leva a crer no que eu não gostaria - de que já estamos em pleno exercício da censura ditatorial da imprensa num nível muitíssimo mais grave do que ocorreu outrora a partir de 64, digo "mais grave" porque a própria imprensa parece, neste caso em sua maioria não se dar conta (não me refiro aos 4 ou 5 donos do negocio - esses sabem, mas aos milhares profissionais da área) de que toda a liberdade de que gozam no exercício da noticia se restringe a uma pauta muitíssimo examinada, padronizada e predefinida. Pelo menos naquela época a censura tinha nome e cara, hoje está pulverizada num quase inconsciente coletivo do politicamente correto.
Quem esteve nas manifestações sabe que a vozes das ruas não falaram apenas sobre corrupção, mensalão, desvios estratosféricos na Petrobras ou do aumento das tarifas de energia. Falaram também do Foro de São Paulo - organização latino americana que existe há mais de 25 anos e tem definido os rumos no hemisfério de cá sem que qualquer notinha jamais tenha sido noticiada na grande mídia. Falou também sobre o caso de amor PT & FARC. Das insondáveis urnas eletrônicas e muito mais..... A lista de assuntos proibidos seria quase infindável. A falta de voz das massas espontâneas só mostra uma coisa: O Gramscianismo deu certo no Brasil.... Infelizmente me parece que é assim!
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