domingo, 14 de fevereiro de 2016

Pão do Dia - Bem Aventuranças (Parte 1) - "Bem Aventuranças Duvidosas"



























Bom dia 

Nosso tema do Pão do Dia é: "As Bem aventuranças" e fundamenta-se no ensino de Jesus relatado no evangelho de Mateus 5, texto que aliás nos guiará durante esta semana

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Mateus 5: 1 Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; 2 e ele passou a ensiná-los, dizendo: 3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. 4 Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. 5 Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. 9 Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. 10 Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. 11 Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. 12 Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.

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Antes de mais nada é fundamental entendermos esse ensinamento de Jesus na perspectiva exata em que ele foi dado. Primeiramente o fato de que ele não vem - assim como todos os demais ensinamentos de Jesus - para compor o quadro do zeitgeist* mas ao contrário, na mais absoluta contramão do senso comum e dos paradigmas tão profundamente arraigados;

Se observarmos a quem Jesus chamou de bem aventurados - e bem aventurados significa felizes, prósperos, abençoados - veremos que se trata da mais absoluta inversão daquilo que o mundo e seu sistema entende como tal - são exatamente as pessoas que o mundo e a sociedade classificaria como fracassados, falidos, desgraçados e idiotas;

O que essa paralaxe nos diz?
Duas coisas importantes: A primeira é que a incrível discrepância que existe entre a criação primordial e a forma que essa mesma criação veio a assumir, demonstra o quanto e com que velocidade nos distanciamos do alvo para o qual existimos. A segunda é que cabe a cada um de nós fazermos a opção diária de retornarmos conscientemente à nossa natureza primordial àquela mesma que Deus nos deu (o que significa tornar-se como uma criança) ou seguirmos o fluxo das informações que encontramos na camada mais superficial da existência como se o mundo, o ser humano e a própria vida tivessem começado a existir apenas ontem, ou a partir da nossa geração;

Essa escolha consiste, em última análise, no seguinte: Diante de quem queremos ser considerados bem aventurados? Diante dos padrões moldáveis, flexíveis (e não no bom sentido da palavra) e corruptíveis do mundo em que vivemos, ou diante dos padrões puros, imutáveis, perfeitos e eternos de Deus?

Embora a pergunta seja retórica, na prática a escolha não é tão fácil (embora seja simples) - ela envolve um grande sacrifício pessoal, pois, andar na contramão das expectativas gerais e das nossas próprias, que são geradas por padrões em nós instalados, não é tarefa fácil, nem tarefa para fracos - os fracos costumam acovardar-se diante de tarefa tão hercúlea na superfície da existência jamais chegando a arriscar-se no mergulho em águas mais profundas da consciência; 

Por essa razão hoje paro por aqui este pão do dia, pois julgo já termos alcançado um ponto em que temos pela frente uma tarefa demasiado desafiadora: A de pensarmos seriamente nessa escolha - sobre o padrão de bem aventurança que querermos ter dentro de nós para perseguir, sonhar, respirar e lutar, sabendo isto - um padrão é o avesso do outro - não podemos mesmo servir a dois senhores - ou bem perseguiremos o sermos mansos, ou o que chamamos de arrojados, impetuosos e bem sucedidos, ou bem assumimos a alma de pacificadores, ou ao contrário, a do que não leva desaforos e não perde a oportunidade que lhe favoreça... isso para citar alguns!  

Pois é, como eu disse, não é tarefa fácil, uma vez que escolher um padrão implica necessariamente em abrir mão do outro - um nos leva ao fluxo das coisas, o outro na contramão, entretanto um é falso, o outro verdadeiro;

Então pensemos nisto - nas bem aventuranças que queremos, em seus aplicativos, implicações e desdobramentos em nossas vidas,

Desejos a todos e a mim mesmo um ótima jornada nessa reflexão e que Deus seja conosco!

Amanhã continuamos com o assunto

Bom dia!



* Zeitgeist é uma expressão alemã que significa "o espírito da época" - uma espécie de inconsciente coletivo que permeia determinada época



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