sábado, 23 de abril de 2016

Pão do Dia - Que Ele Cresça E Eu Diminua!


Bom dia amigos queridos;
Cumprida a sua missão que era a de anunciar e preparar os caminhos para JESUS CRISTO, João Batista, a voz que clama no deserto disse uma frase que até hoje é emblemática e de um profundo significado existencial - ele disse: "Convém que Ele (JESUS) cresça e que eu (João) diminua".

É evidente que João em seu contexto referia-se ao aspecto externo dessa afirmação na qual ele, João, sairia de cena, desapareceria ao mesmo tempo em que JESUS iniciaria o seu ministério - era uma pessoa cedendo lugar a outra pessoa no ato da cena religiosa em Israel,

Entretanto, onde é que esse axioma de João se aplica hoje em nossas vidas?

Bem antes de tudo sejamos categóricos em afirmar que ele se aplica a todos os homens e não apenas a João. É-nos necessário a todos, imperfeitos e incompletos que somos [e não apenas João], cedermos lugar cada vez mais, até mesmo por uma questão de coerência, Àquele que é perfeito e pleno, JESUS;

Mas, se João ao dizer isso referia-se ao aspecto visível pelo qual ele literalmente desapareceria do cenário [até porque seria morto pelas mãos de Herodes] onde subscrevermos esse axioma em nossa existência hoje? Dito doutro modo: Onde é que JESUS deve crescer e nós diminuirmos?

Evidentemente é dentro de nós que Ele deve crescer - desde dentro até que se manifeste ao mundo, assim como também é desde dentro que devemos diminuir em nós mesmos, em nosso "eu" que não é tão "eu" assim, a fim de cedermos o lugar para o crescimento do Perfeito;

Talvez alguém nos interpele a essa altura: "Eu não acredito em religião, na bíblia e sequer em JESUS conforme o que se diz". E eu lhe responderia: "Nem eu lhe peço que acredite". Não! Esse JESUS ao se referia João e ao qual eu subscrevo hoje nessa breve reflexão não é o objeto de fé sujeito à análises historiográficas, teológicas, filológicas, etc. Refiro-me ao JESUS que existe mesmo! O que É independente do que sobre Ele se diga;

Ora, se Ele existe em que consiste a Sua existência? De que modo existe? De que modo se apresenta?
Ele existe como o amor - não como uma expressão do amor, mas como o amor mesmo, na definição plena e substancial do termo; Ele existe como bondade, não como um bondoso, senão como a própria bondade; assim também como a paz, não como um ser pacífico, senão como a própria paz; a beleza; a harmonia; a alegria; a vida; e tantas coisas que só podemos conhecer e acessar em parte e de vez em quando mediante a nossa imperfeição - Ele É a plenitude de todas essas coisas;

Diminuir para que Ele cresça é dar espaço, sob perda do imperfeito, ao Perfeito; é trocar as pequenas pérolas das virtudes sazonais pela Pérola preciosa da Vida incontida; é abrirmos mão do controle orgulhoso do incontrolável e da soberba ponderação do imponderável para cedermos o reino ao Rei que tem a legitimidade sobre tudo porque É;

De fato, se, por um instante que seja, inteligirmos sobre o fato veremos que nele não existem perdas, só ganhos, se o orgulhos não nos cegar a inteligência perceberemos que deixar que Ele cresça é apenas dizer sim a tudo que há de melhor e mais desejável nesta vida. Deixar que Ele cresça não é, de qualquer modo, fazer-Lhe um favor, senão aceitar o Seu - favor imerecido!




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