quarta-feira, 8 de julho de 2015

Pão do Dia - Não Amem O Mundo









Hoje vamos abordar um texto aparentemente controverso a respeito de amor: 


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1João 2:
15 Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele;
16 porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.
17 Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.
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Permita-me filosofar umas poucas palavras sobre Amor.

Em todo o ensinamento de Jesus encontramos o estímulo e, até mesmo o mandamento de amar - amar incondicionalmente, amar ao próximo, a nós mesmos, à Deus sobre todas as coisas e, até mesmo aos nossos inimigos - amar, amar, amar. Diante disso, não parece incoerente encontrarmos este ensinamento de João, o discípulo do amor dizendo "Não ameis ao mundo?"

É preciso, antes de qualquer coisa, que entendamos o que se define por "mundo" nas palavras de João. A palavra mundo, tanto aqui, na citação do Apóstolo, quanto em todo o ensinamento do Novo Testamento não é sinônimo de pessoas. Se assim fora, se nos estaria pedindo que não amássemos às pessoas, ou parte das pessoas do planeta - é evidente que o sentido não é este.

Mas então, o que é o mundo do qual o Apóstolo do Amor nos manda não amar?
O termo "mundo" refere-se ao sistema do inimigo implantado intrínseca e extrinsecamente na vida dos homens por meio do pecado. Lembremos das Palavras de outro apóstolo, de Paulo, em Romanos 8: 20 que afirma que, na queda, não apenas o homem se corrompeu, mas toda a criação de Deus, de modo que hoje o que temo é um sistema que luta contra nós desde dentro e por todos os lados;

Esse sistema é definido por João em três termos: 

  • A concupiscência (desejo) da carne - Ou seja, o desejo natural, que pode se desdobrar, de pessoa para pessoa em mil exemplos, alguns dos quais estão citados em Gl 5:19;
  • A concupiscência dos olhos - Quer dizer, a sedução e a fascinação pelas coisas que nos cercam, as coisas visíveis e palpáveis;  
  • A soberba da vida -  além das coisas materiais e concretas, as imateriais e sensoriais, as quais geram nas pessoas todo um ideário, dentre elas encontram-se: o status, os cargos, as posições, a sensação de poder, de controle, o culto de si mesmo, etc;

É justamente a esse sistema que não devemos amar, pois, ama-lo, implicaria necessariamente em não amarmos ao Senhor que é o extremo oposto desse estado de coisas. Lembremos das palavras do próprio Senhor: 

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Mateus 6:
24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
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Portanto, não amar ao mundo, conforme nos manda João, consiste em rejeitar - e não apenas da boca pra fora, mas de toda a alma, de todo o coração e de todo o entendimento, proporcional e inversamente ao nosso amor devido a Deus - esse sistema que consiste numa rede indecifrável de mentiras, aparências e sedução e que se encontra dentro e fora de nós;

Quanto mais o detestamos, tanto mais nos conformaremos com Deus. Quanto mais estranheza, repúdio e completa rejeição gerar em nós os atos pecaminosos cometidos ao nosso redor e por nós mesmos, tanto mais nos aproximaremos de Deus em espírito. E quanto mais nos desiludimos diante das farsas cenográficas desta vida breve, tanto mais, dentro de nós desejaremos ardentemente nos unirmos ao Senhor; 

É uma opção consciente que o nosso coração faz todos os dias à medida em que descobre, para além do teatro das ilusões, como as coisas são, de fato! 

Portanto, meus amigos, o desejo por Deus, não é de modo algum, um constructo religioso pelo qual alguns se influenciam, mas uma necessidade essencial, intrínseca a todos os homens que, ao rejeitarem dentro de si o mal, aproximam-se automaticamente Dele e O desejam, quer saibam disso ou não, quer creiam ou não, pois não é objeto de fé, mas realidade incoercível - pelo menos a todos os que não se entregaram de corpo e alma, até a última de suas opções conscientes ao mundo (e isso exclui o pecador comum);   
Não amar ao mundo é meio caminho andado para amar a Deus! 





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